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Os juros futuros fecharam a sessão em baixa, alinhados ao sinal das taxas dos Treasuries. A agenda doméstica esteve limitada, mas o noticiário fiscal ficou no radar numa semana de grande expectativa para as votações no Congresso.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 encerrou em 10,415%, de 10,438% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2026 caiu de 10,16% para 10,08%. O DI para janeiro de 2027 terminou com taxa de 10,21% (de 10,33% na sexta-feira) e a do DI para janeiro de 2029, em 10,63% (mínima), de 10,76%.
Após as taxas terem encerrado a semana passada com alta moderada a partir dos vértices intermediários, o mercado hoje testou maior exposição ao risco, autorizada pelo cenário internacional ameno e emitindo sinais que endossam a ideia do fim de alta de juros nos Estados Unidos.
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As vendas de moradias novas no país tiveram inesperada contração em outubro e o índice de atividade empresarial regional do Federal Reserve (Fed) de Dallas caiu a -19,9 em novembro de -19,2 pontos em outubro. Os retornos dos Treasuries, já em queda antes dos dados, aprofundaram o ritmo. Novas mínimas viriam à tarde, após o leilão dos papéis de 5 anos, ainda que com demanda abaixo da média. No fim da tarde, a taxa da T-Note de dez anos estava abaixo de 4,40%.
“O exterior deve dar a tônica da semana para o mercado de juros, com a agenda norte-americana bastante carregada”, afirma Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho, destacando que na quinta-feira sai o índice de preços dos gastos com consumo (PCE, em inglês), medida favorita de inflação do Federal Reserve.
O mercado manteve um olho também no noticiário fiscal. Pela manhã, saiu a arrecadação de outubro, de R$ 215,6 bilhões, levemente acima da mediana das estimativas de R$ 212,6 bilhões, mas o maior interesse do investidor é na agenda de votações do Congresso na semana. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), confirmou que estão previstas para amanhã as votações em plenário do projeto de lei que prevê a taxação dos fundos de alta renda e offshores e do texto que regulamenta a tributação das apostas esportivas.
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Outro tema caro ao mercado é a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os precatórios. A corte iniciou julgamento que vai decidir se governo poderá abrir crédito extraordinário ainda em 2023 para quitar R$ 95 bilhões em precatórios. O julgamento foi suspenso por um pedido de vista do ministro André Mendonça, mas já há maioria para autorizar a medida. O relator Luiz Fux e os ministros Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Cármen Lúcia votaram para atender o pedido da Advocacia-Geral da União (AGU). Os ministros Dias Toffoli e Alexandre de Moraes anteciparam seus votos após Mendonça pedir vista, mais cedo. O julgamento continua suspenso e ainda faltam os votos de quatro ministros.
A autorização encaminhará uma solução sobre o futuro do pagamento de precatórios vista como satisfatória para a equipe econômica. Embora não atenda integralmente ao pedido da Fazenda, a alternativa dá a chance de o governo Lula quitar o passivo gerado pela ‘PEC dos Precatórios’ e terminar o primeiro ano de mandato com o problema melhor endereçado.
“A solução dada pelo relator, o ministro Luiz Fux, parece ir na linha de tirar os pagamentos da regra fiscal sem alterar a contabilização das despesas, o que me parece positivo”, disse o sócio fundador da Oriz Partners e ex-secretário do Tesouro Carlos Kawall.
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