Juros: taxas caem com mais um dado fraco de emprego nos EUA e petróleo em baixa

Os números consolidaram a aposta de que os juros nos Estados Unidos podem começar a cair em março, segundo dados da Ferramenta CME FedWatch

Estadão Conteúdo

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A divulgação de mais um indicador sinalizando perda de fôlego no mercado de trabalho dos Estados Unidos, dias antes da publicação dos dados oficiais sobre o setor, pesou sobre os juros dos Treasuries e o dólar e, consequentemente, provocou queda nas taxas dos contratos de DI.

O declínio nos preços do petróleo também colaborou, em menor grau, para taxas mais baixas, ao elevar a expectativa de cortes nos preços dos combustíveis e de um cenário de inflação mais benigno.

A ADP divulgou mais cedo que o setor privado dos Estados Unidos criou 103 mil empregos em novembro, menos que os 120 mil esperados pelo mercado. O indicador reforçou o sinal de arrefecimento dado nesta terça (5) pelo relatório Jolts, que apontou a abertura de 8,7 milhões de postos de trabalho no país em outubro, número que também ficou aquém da previsão de 9,3 milhões.

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Os números consolidaram a aposta de que os juros nos Estados Unidos podem começar a cair em março, segundo dados da Ferramenta CME FedWatch. “O movimento que a gente vê hoje é reflexo completamente lá de fora”, disse Gabriel Costa, analista da Toro Investimentos. “Se você olha os juros dos bonds lá fora, os dos títulos dos Estados Unidos estão recuando, e os de todos os outros também”, acrescentou.

Entre os Treasuries, o destaque era a T-note de 10 anos, cuja taxa caía a 4,125%, de 4,186% ontem. Ela também voltou a operar perto da taxa projetada pelas T-notes de 5 anos, que estava em 4,124%, depois de terminar o pregão de terça-feira a 4,154%.

Além do declínio nos juros dos Treasuries, outro fator de pressão sobre as taxas de DIs foi a queda significativa dos preços do petróleo – de mais de 4% para o barril do WTI e de pouco menos que isso no caso do Brent.

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Segundo Andrea Damico, economista-chefe da Armor Capital, esse movimento, somado à valorização do real ante o dólar, deve deixar os preços domésticos de combustíveis ainda mais baixos que os do exterior, o que aumenta a probabilidade de eles ficarem mais baratos e contribuírem para uma menor pressão inflacionária.

A taxa do contrato de DI para janeiro de 2025 recuou a 10,325%, de 10,374% no ajuste de terça, enquanto a taxa para janeiro de 2026 caiu a 9,995%, de 10,047%. A taxa para janeiro de 2027 recuou a 10,100%, de 10,159%, e a de janeiro de 2029 teve queda a 10,530%, de 10,601%.

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