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A JSL (JSLG3), empresa de logística da Simpar (SIMH3), reportou nesta quinta-feira (26) um lucro líquido 18,9% menor no primeiro trimestre de 2023 em relação a igual período do ano passado, chegando a R$ 26,8 milhões.
Embora a última linha do balanço mostre um resultado menor, o CEO da JSL, Ramon Alcaraz, destaca ao InfoMoney a entrega operacional da empresa no período. No mesmo comparativo, a receita líquida avançou 20,6%, para R$ 1,56 bilhão, enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, em inglês) chegou a R$ 306,1 milhões – uma alta de 39,5%.
“O lucro menor se deve à curva de juros que estamos no momento, o que torna o custo de capital mais alto. Mas os números mostram também que nós investimos mais. É o preço do crescimento”, afirma Alcaraz.
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Neste sentido, o capex líquido da JSL avançou 49% no trimestre, de R$ 214,1 milhões de 2022 para R$ 319,1 milhões. O crescimento nos investimentos se deve aos R$ 605 milhões em novos contratos fechados de janeiro a março deste ano, com prazo médio de 35 meses.
Outro crescimento reportado foi no retorno sobre o capital investido (ROIC, em inglês), que subiu de 13,9% no 1T22 para 23,3%. No entanto, Alcaraz lembra que o indicador acabou esticado por eventos não recorrentes de tributação e investimentos. Diante disso, a empresa trabalha com um ROIC normalizado de 15,2%, ainda acima do observado no ano passado.
Estrutura de capital
Mesmo com a alta nos investimentos, a alavancagem encerrou o trimestre em 3,25 vezes a dívida líquida pelo Ebitda, ante 3,34 vezes do ano anterior.
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Sob a métrica de dívida líquida por Ebitda adicionado, que é o utilizado nos covenants (obrigações atreladas a indicadores financeiros que a empresa assume com o credor) da JSL, o indicador está em 2,76 vezes contra 3,5 vezes de covenant.
“É uma estrutura de capital robusta, sem dúvidas. Outro ponto é que nossa alavancagem irá se pagar ao longo dos contratos”, lembra o CFO da JSL, Guilherme Sampaio.
A empresa encerrou o primeiro trimestre com R$ 737,2 milhões em caixa, com mais R$ 700 milhões em linhas disponíveis com bancos de fomento – o que pressupõe taxas de captação mais competitivas. Outra linha de crédito deverá ser disponibilizada nas próximas semanas.
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A dívida líquida da JSL ficou em R$ 3,78 bilhões, crescimento de 27,9% em relação ao 1T22, com custo médio de 16,5% ao ano (alta de 2,6 pontos percentuais) e prazo de pagamento de quatro anos.
“Vale destacar que nossos ativos líquidos estão estimados em cerca de R$ 5 bilhões. Isso mostra que nosso patrimônio quita com tranquilidade este passivo”, reforça Sampaio.
Aquisições seguem no radar
Ramon Alcaraz lembra que é essência da JSL e da Simpar investir em aquisições. A mais recente da JSL foi a compra da IC Transportes por R$ 338 milhões no início de março, seu sétimo M&A desde a oferta pública inicial de ações (IPO, em inglês).
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O CEO da JSL reforça a visão de que o momento é propício para abrir conversas com concorrentes de médio porte que estejam enfrentando problemas com o alto custo de capital e que negociações para novas aquisições sempre ocorrem.
“Mas isso não significa que vamos comprar as empresas na ‘bacia das almas’, buscamos empresas que possam agregar ao nosso caixa”, pondera Alcaraz.
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