JHSF (JHSF3) lucra 50,3% menos no 3º trimestre, para R$ 79,4 milhões

Queda nos resultados foi puxada pelo setor de incorporação imobiliária, que enxugou as suas atividades operacionais no período

Estadão Conteúdo

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São Paulo  – A JHSF (JHSF3), rede de negócios de luxo em imóveis residenciais, shoppings, hotéis e restaurantes, teve uma queda de 50,3% no lucro líquido consolidado na comparação entre o terceiro trimestre de 2023 e o mesmo intervalo de 2022, indo a R$ 79,4 milhões.

A queda nos resultados foi puxada pelo setor de incorporação imobiliária, que enxugou as suas atividades operacionais no período. Já os demais segmentos tiveram melhora na parte operacional e financeira.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) recuou 17,4% na mesma base de comparação anual, para R$ 197,9 milhões.

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Já o Ebitda no critério ajustado (sem eventos não recorrentes e as propriedades para investimento) baixou 47,1%, para R$ 135,7 milhões. A margem Ebitda ajustado teve retração de 10,5 pontos porcentuais, para 38,8%.

A receita líquida caiu 32,8%, para R$ 350,1 milhões. E as despesas operacionais caíram 1,5%, para R$ 96,6 milhões, devido a reduções nas despesas com vendas e nas administrativas.

O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) gerou uma despesa que foi 61,4% maior na comparação anual, em R$ 59,4 milhões. O imposto de renda e CSLL também pesou, com alta de 62,6%, chegando a R$ 44,7 milhões.

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A linha de propriedades para investimento (PPI), que mede o ‘valor’ dos empreendimentos do portfólio, teve uma apreciação grande, com efeito positivo de R$ 99,2 milhões (ante R$ 7,2 milhões um ano antes). A linha não gera efeito no caixa. A apreciação ocorreu pela queda nos juros a melhora na avaliação dos ativos.

A JHSF encerrou o terceiro trimestre do ano com dívida líquida de R$ 1,152 bilhão. A companhia detinha R$ 515,6 milhões em caixa, e R$ 443 milhões em vencimentos até o fim do ano que vem.

Incorporação

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A Divisão de Incorporação imobiliária teve queda de 60,3% na receita, para R$ 127,5 milhões, e recuo de 80,7% no lucro líquido, para R$ 34 milhões. As baixas aconteceram pelo menor nível de vendas; e pela maior concentração de vendas de produtos imobiliários construídos do que lotes. As vendas contratadas caíram 30,1%, para R$ 262,5 milhões.

A JHSF informou ainda que “está mais conservadora” nos lançamentos de novos projetos e “mais rigorosa” na política de preços dos estoques, com foco em rentabilidade. A companhia selecionou parte dos imóveis para locação.

A divisão de residências para locação gerou lucro líquido de R$ 15,7 milhões, ante R$ 2 milhões um ano antes, ajudado por reajustes de contratos e início da operação do Boa Vista Village Surf Club.

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Shoppings

A Divisão de Shoppings teve alta de 5,4% na receita líquida, para R$ 61,4 milhões. O Ebitda ajustado avançou 34,1%, para R$ 40,1 milhões, o lucro líquido teve crescimento de nove vezes, para R$ 75,5 milhões.

O setor registrou alta nas vendas dos lojistas, aumento das receitas de locação. O lucro foi impulsionado pelo efeito da apreciação da PPI. As vendas dos lojistas aumentaram 6,7, e os aluguéis nas mesmas lojas tiveram alta de 7,2%.

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Atração de marcas internacionais

A JHSF destacou também que os shoppings da rede têm aberturas de lojas importantes nos próximos meses. Em dezembro, a Louis Vuitton abre sua nova loja de 418 m² no Shops Jardins. No mesmo mês será inaugurada a flagship (loja símbolo) da Bulgari no Cidade Jardim, que será a maior loja da joalheria italiana na América Latina, com quase 300 m². E em janeiro, a Valentino abre no Cidade Jardim sua nova flagship, com cerca de 300 m².

“Essas aberturas confirmam o Shopping Cidade Jardim como destino preferido das marcas de luxo internacionais para instalarem suas flagships“, afirmou o presidente da JHSF, Thiago Alonso, em nota. “Foi no Shopping Cidade Jardim que marcas como Hermès, Balmain, Chloé, Brioni, Fendi, Celine, Pucci, Brunello Cucinelli, Gianvito Rossi, Aquazzura, Rene Caovilla abriram as primeiras butiques no Brasil”, destacou.

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