JCP do Bradesco, nova oferta bilionária de ações, Petrobras e mais 14 notícias no radar

Confira o que é destaque no noticiário corporativo desta terça-feira (27)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Além da repercussão do debate nos EUA entre Hillary Clinton e Donald Trump, o noticiário corporativo é movimentado. O Bradesco (BBDC3; BBDC4) enviou ao Conselho de Administração uma proposta para pagamento extraordinário de juros sobre o capital próprio relativos ao terceiro trimestre. Entre outros destaques, a Samarco não pagou os juros da sua dívida que venciam hoje. Confira o que é destaque no noticiário corporativo desta terça-feira (27):

Linx
A Linx (LINX3) definiu em R$ 18,50 preço por ação ON em oferta restrita. A partir da fixação do preço por ação o valor total da oferta pública de distribuição primária com esforços restritos de colocação de 24 milhões de ações ON é de R$ 444 milhões, segundo o comunicado.

Os recursos líquidos provenientes da oferta serão alocados da seguinte forma: R$ 4,94 por ação, ou R$ 118,6 milhões serão destinados ao capital social, que passará a ser de R$ 476,8 milhões; R$ 13,56 por ação, ou R$ 325,4 milhões, serão destinados à formação de reserva de capital. 

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Em 13 de setembro, a Linx disse que conselho havia aprovado oferta pública de distribuição primária de 24 mi de novas ações ON. O cronograma previa para esta segunda-feira a fixação do preço por ação e início das negociações das novas ações na BM&FBovespa em 28 de setembro. O BTG Pactual é coordenador-líder da oferta. 

Suzano
Em relatório, o BTG Pactual destacou que as ações da Suzano (SUZB5) seguem sendo um bom hedge apesar do momento turbulento que os papéis do setor de papel e celulose registram este ano. Para os analistas, “não há mistério” que será muito difícil para os papéis do setor ter uma boa performance no curto prazo. Contudo, após a turbulência, os papéis SUZB5 podem ter dias melhores. Os analistas seguem com recomendação de compra para os ativos SUZB5, com o preço-alvo sendo reduzido de R$ 20,00 para R$ 14,00 em meio às revisões sobre o preço de celulose e câmbio.  

CCX
A CCX Colombia e a Yildirim apresentarão ao tribunal arbitral, “por meio de uma petição conjunta, o pedido de arquivamento, dispensa e encerramento da arbitragem”, segundo comunicado.

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A CCX (CCXC3) confirmou a liquidação financeira do saldo remanescente do valor total estabelecido para venda de ativos da CCX Colombia para Yildirim. Em 19 de setembro, a CCX acertou venda de ativos para Yildirim.

Gafisa
A Gafisa (GFSA3) informou que não há decisão definitiva sobre oferta pública da Tenda. A 
Gafisa e Tenda “vêm mantendo contato” com Itaú BBA, Bradesco BBI, BofA Merryl Lynch, Banco do Brasil e Banco Votorantim “acerca da oportunidade de realização de uma oferta pública de ações de emissão da Tenda”, segundo fato relevante das companhias enviado ao mercado na noite desta segunda-feira.

“Sem prejuízo disto, é prematura qualquer consideração sobre estrutura, volume ou prazo dessa eventual oferta. “Não há decisão definitiva ainda quanto à realização de oferta pública ou com relação às demais opções mencionadas” em agosto.

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Em agosto, as companhias disseram que processo para capturar valor do segmento Tenda pode envolver uma oferta de valores mobiliários e/ou a venda de participação societária, além da própria separação através de uma operação de reorganização societária. A Gafisa contratou o Rothschild como assessor financeiro para a análise das opções disponíveis. Nesta segunda-feira, O Estado de S. Paulo disse, citando uma fonte, que a companhiacontratou bancos para coordenarem possível IPO. 

Sanepar
Inspirada no modelo da Sabesp, empresa de saneamento do Estado de São Paulo, a Sanepar (SAPR4) prepara uma oferta de ações que deve movimentar cerca de R$ 1,5 bilhão, segundo o Valor Econômico apurou junto a bancos. Se concretizada nesse valor, essa operação se firmará como a maior oferta de ações realizada neste ano. A operadora de turismo CVC movimentou R$ 1,23 bilhão.  

Petrobras
A Petrobras (PETR3;PETR4) pretende primeiro agrupar todas as 20 usinas térmicas em uma única empresa para, depois, oferecer uma participação a outro investidor, diz Folha de S.Paulo, citando entrevista com Jorge Celestino, diretor de refino e gás da estatal.

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O BofA disse em relatório, em junho, que 6 usinas térmicas da Petrobras valem entre US$ 3,8 bilhões e US$ 6,3 bilhões. Em fevereiro, BTG estimou valor combinado das 21 usinas térmicas da estatal em R$ 16 bilhões.

Brasil Pharma
A Rosário não deverá ser o último negócio do qual o braço de farmácias do BTG deverá se desfazer. Segundo fontes de mercado ouvidas pela Agência Estado, um dos objetivos de curto prazo da Brasil Pharma (BPHA3) seria a venda da Big Ben, considerado o melhor ativo de seu portfólio, com 258 lojas próprias e uma posição forte no Estado do Pará.

Segundo informações do mercado financeiro, o principal candidato à aquisição seria o Grupo Ultra, dono dos postos de combustíveis Ipiranga, que comprou a principal rival da Big Ben, a Extrafarma, há três anos. A meta de arrecadação com a Big Ben seria de R$ 1 bilhão, mas o jornal O Estado de S. Paulo apurou que o valor pode acabar sendo mais baixo.

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“Uma das coisas a se pensar é que, por causa da concentração de mercado no Pará, o negócio pode ter dificuldades para ser aprovado pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica)”, diz uma fonte.

Além da Big Ben, restam no portfólio da Brasil Pharma uma rede de médio porte com lojas próprias (a baiana Santana, com 121 unidades) e a Farmais (que tem 424 pontos de venda e funciona no sistema de franquias). Este último ativo é visto como o mais “desafiador” em relação à atração de um possível interessado em comprá-lo, segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou.

CPFL
O Energia SP, fundo controlado por vários fundos de pensão e que compõe o bloco de controle da CPFL Energia (CPFE3), deve decidir nesta segunda-feira, 26, se vai acompanhar os sócios Camargo Corrêa e Previ na venda para a chinesa State Grid de sua participação na elétrica, informa a Agência Estado. A expectativa do mercado é de que o fundo também realizará o desinvestimento. Se o Energia SP sair da companhia, será acionada a opção de tag along, pela qual os acionistas minoritários terão a oportunidade de também vender suas participações na CPFL aos chineses pelo mesmo valor ofertado aos demais sócios. Com isso, a transação pode a superar R$ 25 bilhões em valor total e tornar a State Grid a única acionista da companhia.

O Energia SP é controlado pelos fundos de pensão Fundação Cesp (Funcesp), Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros), Fundação Sistel de Seguridade Social (Sistel) e Fundação Sabesp de Seguridade Social (Sabesprev) e, por sua vez, detém o controle da Bonaire, que na sexta-feira anunciou a transferência de suas ações vinculadas ao acordo de acionistas da CPFL para sua controladora. Com isso, o fundo passou a deter 150.146.050 de ações ON da CPFL, ou 15,1%, das quais 112.196.990 de ações (11%) estão vinculadas ao acordo de acionistas.

A declaração do Energia SP FIA ocorre em um momento em que se aproxima o prazo final para que o fundo avalie se exercerá o direito de venda conjunta. No início de setembro, a Camargo Corrêa se comprometeu a vender aos chineses sua da participação de 23,6% na CPFL pelo valor de R$ 25 por ação, ou R$ 5,85 bilhões.

Na última sexta-feira, 23, foi a vez da Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, decidir para a State Grid toda a sua participação na CPFL, de 29,4%, por cerca de R$ 7,3 bilhões.

Helbor
A associação para desenvolvimento em conjunto de empreendimentos imobiliários residencial em imóveis detidos pelo Brookfield São Paulo e Hesa tem aval do Cade sem restrições. A Hesa 126 é sociedade detida pela Helbor (HBOR3), com 50%, e pela Toledo Ferrari e AAMR, cada uma com 25%. 

No parecer do Cade, as companhias citam que “identificaram potenciais benefícios urbanísticos na realização de empreendimentos imobiliários conjuntos, de forma a agregar uma área verde assemelhada a um parque linear aos respectivos condomínios”.

Kroton e Estácio
O Bradesco BBI vê o Cade impondo alguns remédios a Kroton-Estácio. O Processo de associação Kroton (KROT3) e Estácio (ESTC3) “vai levar tempo, embora o resultado seja previsível”, segundo relatório de analistas.

“Esperamos alguns remédios no segmento presencial, onde estima-se que 91% das matrículas de Kroton-Estácio estão em mercados sem problemas significativos de concentração”. “Presumimos que o Cade vai exigir o desinvestimento de ativos de ensino à distância da Estácio já que Kroton e Estácio são os 2 principais players com uma participação de mercado de 43% das matrículas em 2014”, apontam os analistas.  

Arezzo
A varejista de calçados Arezzo (ARZZ3) comunicou aos seus acionistas que o Conselho de Administração da companhia aprovou o pagamento de dividendos intercalares a investidores que possuírem as ações da empresa em suas carteiras no fechamento de quinta-feira (29). O valor total dos dividendos é R$ 11,26 milhões, o que corresponde a R$ 0,12671276973 por ação. O pagamento será realizado até 26 de outubro. 

Bradesco 
A diretoria do Bradesco propôs ao Conselho de Administração o pagamento extraordinário de R$ 3,32 bilhões em juros sobre o capital próprio relativos ao terceiro trimestre. Isso equivale a R$ 0,571123466 por ação ordinária e R$ 0,628235813 por ação preferencial. A assembleia para decidir sobre esse pagamento ocorrerá nesta sexta-feira (30), que é justamente a data “com” da distribuição. Ou seja, caso o JCP sejá aprovado, só terão direito a ele acionistas que tiverem em carteira as ações do Bradesco no fechamento da sexta. O pagamento ocorrerá no dia 8 de março de 2017 caso seja aprovada a proposta. 

BR Insurance
A corretora de seguros, BR Insurance (BRIN3), informou aos seus acionistas que o seu Conselho de Administração elegeu Stephanie Helena Jerg Fazis como diretora Financeira, de Controle e de Relações com Investidores, cargo até então ocupado por Marcelo Moojen Epperlein, diretor-presidente da companhia. Stephanie é formada em economia e tem especialização em administração de empresas, finanças e marketing pela Universidad Católica Andrés Bello, na Venezuela. Anteriormente passou pela empresa Atento, onde trabalhou por 16 anos, nas áreas de administração, finanças, planejamento de pessoas e identidade, planejamento e controle de gestão corporativa e, por fim, tendo sido Diretora Executiva de Finanças, Administração, Eficiência e TI.

Eletrobras
O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, determinou que a concessão da Companhia Energética de Roraima (CERR), controlada pelo governo do Estado, será extinta em 1º de janeiro de 2017. Conforme o despacho do ministro, na mesma data a distribuidora Boa Vista Energia, do Grupo Eletrobras (ELET3; ELET6), assumirá a prestação do serviço de distribuição de energia na área de atuação da CERR, como já havia sido designado em agosto deste ano. A formalização da decisão está publicada no Diário Oficial da União (DOU). 

Embraer
A Embraer (EMBR3) aprovou o pagamento de juros sobre capital próprio relativos ao terceiro trimestre de 2016 no valor de R$ 0,02 por ação. A data “com” foi esta segunda-feira (26), de modo que só terão direito ao provento os acionistas que tinham os papéis da Embraer encarteirados no fechamento de ontem. O pagamento começará a ser realizado no dia 14 de outubro de 2016. 

Samarco
A Samarco, fruto de uma joint-venture entre as gigantes mineradoras Vale (VALE3;VALE5) e BHP Billiton, não realizou o pagamento dos juros com vencimento hoje de um título, segundo informações da Reuters, que citou como fonte o porta-voz do Bank of New York Mellon.  

São Martinho
O Conselho de Administração da São Martinho (SMTO3) autorizou a empresa de produção de açúcar a investir R$ 44 milhões na usina de Santa Cruz. O objetivo da companhia é aumentar a produção da usina de 5,2 milhões de toneladas para 5,6 milhões de toneladas. 

(Com Agência Estado e Bloomberg) 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.