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O Itaú BBA rebaixou a recomendação para a unit da Klabin (KLBN11) de outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) para market perform (desempenho igual a média do mercado, equivalente à neutro) depois de avaliar que a ação possui potencial de alta limitado após subir cerca de 10% no acumulado do ano. O banco também projeta perspectivas desafiadoras para o setor de papel e celulose. O preço-alvo para KLBN11 passou de R$ 23 para R$ 24 por ação.
Com isso, as units KLBN11 chegaram a cair 3,10% na sessão desta quinta-feira (6), mas depois amenizaram e fecharam em queda de 1,55%, a R$ 21,62, baixa menos expressiva do que a queda de 1,78% do Ibovespa, parcialmente compensada pela forte alta do dólar na sessão (o que beneficia as empresas de papel e celulose). Já os ativos SUZB3 tiveram baixa menos expressiva, de 0,76%, a R$ 44,11.
A desaceleração da atividade global enfraqueceu a demanda de celulose no primeiro semestre de 2023 (1S23), enquanto a diminuição dos gargalos logísticos globais e as contínuas adições de capacidade aumentaram a disponibilidade de celulose. Como resultado, os preços da celulose de fibra curta na China caíram cerca de 40% no 1S23, chegando ao fundo do poço em maio.
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Diante disso, analistas esperam que os preços da celulose continuem pressionados no segundo semestre de 2023 (2S23), embora acreditem que o pior já passou.
No geral, eles projetam que os preços na China fiquem em torno de US$ 500 por tonelada no 2S23. Portanto, segundo estimativas do BBA, os preços da celulose em 2023 e 2024 são de cerca de US$ 570/tonelada e US$ 550/tonelada, respectivamente.
O Itaú BBA destaca que a indústria brasileira de papel enfraqueceu em relação ao ano anterior, dadas as condições macroeconômicas ainda desafiadoras. De acordo com a IBÁ, as vendas totais de papel (domésticas + exportações) caíram 10% em relação ao ano anterior nos primeiros 4 meses de 2023. No entanto, o setor de Tissue (papéis de higiene) parece ter sido mais resiliente, com volumes totais aumentando 4% em relação ao ano anterior nos primeiros 4 meses de 2023.
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Sendo assim, o banco espera que as condições ainda difíceis na indústria brasileira de papel limitem os resultados da Suzano e Klabin, já que os negócios de papel e embalagens normalmente representam cerca de 10% e 50% dos respectivos Ebitdas (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustados das empresas.
Em termos de rentabilidade, o banco reduziu a projeção de Ebitda da Klabin de R$ 7,1 bilhões para R$ 5,9 bilhões, principalmente devido a uma receita mais fraca.
Para Suzano, o BBA reduziu a projeção de Ebitda de R$ 18,9 bilhões para R$ 17,8 bilhões em 2023, principalmente devido a menores volumes de celulose e uma moeda brasileira mais valorizada.
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Analistas mantiveram recomendação equivalente à compra para ação da Suzano e elevaram preço-alvo de R$ 51 para R$ 56, pois a companhia deve se beneficiar de um custo de capital mais baixo. O banco ainda ressalta que a Suzano continua sendo sua principal escolha no setor.
Além disso, depois da alta acumulada no ano de 10% da KLBN11 ante queda de 9% da SUZB3, a relação risco retorno de Klabin parece menos interessante em relação à Suzano.
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