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A B3, operadora da Bolsa Brasileira, divulgará no dia 1 de dezembro, uma sexta-feira, a primeira prévia da nova carteira do Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, que passará a vigorar a partir de 2 de janeiro de 2024. O índice é reavaliado quadrimestralmente.
Na avaliação da XP, a ação do Grupo Casas Bahia (BHIA3) corre grande risco de ser excluído do índice, devido ao critério de Penny Stock (ação de uma empresa negociada na bolsa por menos de R$ 1), o que pode resultar em pressão significativa de venda da ação por parte dos fundos associados aos índices.
Analistas da XP sugerem um impacto potencial negativo equivalente a 1,1 a 1,5 dias de negociação se a exclusão for confirmada. No entanto, eles destacam que existe um desenvolvimento promissor, já que o Conselho da empresa aprovou uma proposta de grupamento das ações na proporção de 25 para 1. Essa proposta, a ser apresentada na Assembleia Geral Extraordinária (AGE), pode ser um passo vital para resolver esse problema e proteger a posição da empresa nesses índices.
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O Bank of America (BofA) também acredita que o papel da Casas Bahia pode ser excluído do Ibovespa se o grupamento de ações não for aprovado a tempo. “Já se aprovado e implementado a tempo, o preço ajustado ficaria confortavelmente acima de 1”, comenta o banco.
Do lado das inclusões, o BofA e BTG Pactual esperam a entrada da ação da Isa Cteep (TRPL4) no índice.
Na opinião BofA, a inclusão da ação da transmissora poderá depender do volume de negócios até o final do ano. Se o volume negociado permanecer próximo ou acima da média dos últimos 3 meses (todo o resto constante), a elétrica poderá ter uma chance de inclusão.
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Por outro lado, a chance de inclusão seria baixa caso o valor negociado diminua em relação ao restante do mercado.
Também segundo modelo estatístico do BTG, o único novato será a Isa Cteep, com peso de 0,21% e pressão de compra equivalente a 1,33 vez dias de negociação.
“A TRPL4 teve um aumento em seu ADTV (volume médio diário negociado) devido às recentes discussões mediante a venda da participação que a Eletrobras (ELET3) possui na companhia”, explica BTG. Mesmo que o ADTV retorne aos níveis anteriores ao anúncio desta possível transação, analistas do BTG acreditam que ainda há grandes chances de a empresa ser incluída no índice.
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Adições futuras no Ibovespa
O Bank of America acredita que Vivara (VIVA3) e Auren Energia (AURE3) são não-membros que vêm em seguida em termos de requisitos de negociabilidade. Eles poderiam ter a oportunidade de serem adicionados em revisões futuras se a sua negociabilidade aumentar em comparação com o resto do mercado.
Por outro lado, Dexco (DXCO3), CSN Mineração (CMIN3) e EzTec (EZTC3) são os atuais membros com as classificações mais baixas em termos de índice de negociabilidade. Com isso, podem correr o risco de serem eliminados em futuras revisões se a negociabilidade diminuir relativamente ao resto do mercado.
Concentração
O BTG comenta que o Ibovespa, historicamente um índice bastante “concentrado” (com dez ativos representando mais de 50% do índice), estava no meio de um saudável processo de “desconcentração”.
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No entanto, esta tendência foi revertida em rebalanceamentos recentes, com o número de ativos no índice diminuindo e a concentração aumentando. O índice deverá ter mais ativos (marginalmente) no próximo rebalanceamento (apresentando 87 ações), mas ainda terá 2 empresas a menos quando comparamos com janeiro de 2023 e 6 a menos que em janeiro de 2022.
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