IRB (IRBR3) passa por “montanha-russa” na Bolsa no início da semana: cai 9% na segunda e salta 9% na terça

Em meio ao cenário otimista, mas ainda cauteloso, papéis tiveram fortes ganhos na sessão em dia de apetite ao risco para Ibovespa

Equipe InfoMoney

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As primeiras duas sessões da semana foram marcadas por volatilidade para o IRB (IRBR3). Na véspera, em um dia negativo para o Ibovespa, as ações despencaram 9,24%; já nesta terça-feira (22), em um dia positivo para o índice, os ativos subiram bem mais que o benchmark da Bolsa, fechando com alta de 9,14%, a R$ 43,33, ante ganhos de 1,50% do Ibovespa.

Cabe destacar que o movimento volátil tem marcado as últimas sessões, particularmente desde a semana passada, logo após a divulgação dos resultados. Os dados mostraram evolução dos números da resseguradora, que registrou lucros e apontou para um ponto de inflexão, levando algumas casas a elevarem recomendações para os papéis. Ao mesmo tempo, outras instituições veem que a ação já subiu demais este ano (o papel acumula ganhos de mais de 60% em 2023), recomendando assim venda para os papéis.

Na semana passada, logo após o resultado, Citi e Inter Research elevaram a recomendação para os ativos de venda para neutra. O Citi apontou que a empresa começou a dar os primeiros passos na melhoria da rentabilidade, pois os contratos antigos estão pesando cada vez menos na sinistralidade.

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Já o Inter avaliou que o resultado no 2T23 veio acima das suas expectativas e abaixo do consenso de mercado, com lucro líquido de R$ 20 milhões, revertendo prejuízo ocorrido no mesmo trimestre do ano passado e com um ROAE de 2%.

“Apesar do benefício fiscal por conta de prejuízos passados ter beneficiado o lucro, vimos um bom desempenho operacional, que trouxe boa tendência na sinistralidade, com a redução das despesas com sinistros tanto no Brasil quanto no exterior, que compensaram a queda nos prêmios emitidos. Além disso, o IRB (Re) ampliou seu nível de suficiência regulatória, dado a redução dos sinistros e prêmios, o que pode trazer maior conforto para a companhia ao longo da sua recuperação”, avaliou.

Assim, dada a boa evolução observada principalmente na sinistralidade e suficiência regulatória, além da performance das ações mudou a recomendação e manteve preço-alvo de R$ 36/ação.

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Porém, aponta que ainda observa um baixo nível de rentabilidade e prêmios em queda, que seguem refletindo a reestruturação da companhia. “Devemos esperar algum movimento de inflexão mais claro em 2024, à medida que a companhia se livra de contratos não-rentáveis que ainda impactam seu balanço, e deve começar a mostrar crescimento em prêmios”, avalia a casa de análise.

Logo após o balanço, a Genial Investimentos elevou o preço-alvo de R$ 28,20 para R$ 35, mas segue recomendando venda, apontando que ainda tem muitas dúvidas da trajetória e da rentabilidade normalizada da resseguradora que são insumos para a avaliação da resseguradora.

Assim, em meio a visões mais otimistas, mas ainda cautelosas sobre as ações, os ativos registram sessões de volatilidade, se beneficiando em sessões de maior apetite ao risco e de alívio nos juros futuros, enquanto registram quedas mais expressivas em dias de noticiário mais negativo.