IRB (IRBR3) salta 8,48% e retorna ao Ibovespa como destaque de alta da sessão

Ação da resseguradora seguiu movimento positivo de abril, quando saltou 41,5%

Equipe InfoMoney

IRB (Foto: Divulgação)
IRB (Foto: Divulgação)

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As ações do IRB (IRBR3) seguiram o movimento de forte alta registrado em abril e fecharam a primeira sessão de maio com avanço de 8,48%, a R$ 34,14. A resseguradora se destacou como a maior alta do Ibovespa na sessão que marcou o seu retorno ao índice. Cabe destacar que o dia foi de forte queda para o benchmark da Bolsa brasileira, que teve baixa de 2,40%, abaixo dos 102 mil pontos.

Em abril, a ação IRBR3 fechou com alta de 41,5%.

Três notícias positivas impulsionaram a resseguradora nestes últimos dias do mês passado, levando a estimativas mais otimistas para a ação, ainda que haja muita cautela da maior parte dos analistas que cobre o papel.

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A última notícia foi justamente a confirmação, na quinta-feira (27), da volta da empresa à carteira do Ibovespa, que vigora entre maio e agosto e que estreou nesta terça (2). A companhia retornou ao índice após ter realizado grupamento de ações no início deste ano, fazendo com que ela voltasse a operar acima de R$ 1 (um dos critérios para elegibilidade ao índice).

Já no último dia 24, a empresa informou que reverteu prejuízo de R$ 50,9 milhões registrado em fevereiro do ano passado com um lucro de R$ 14,3 milhões no mesmo mês deste ano, segundo dados divulgados pela companhia na segunda-feira. Em janeiro, o lucro tinha sido de R$ 9 milhões.

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IRB: três boas notícias fecham mês de alta de 41,5% das ações; luz no fim do túnel chegou para a companhia?

Além disso, em terceiro lugar, o IRB também divulgou um fato relevante após o fechamento do mercado na semana passada informando que celebrou com o United States Justice Department (DOJ) um acordo denominado Non-Prosecution Agreement (NPA), tendo por objeto principal a informação inverídica de que o Berkshire Hathaway, do megainvestidor Warren Buffett, integraria a base acionária da companhia, divulgadas, em território americano, entre fevereiro e março de 2020.

“Ouvimos investidores falando sobre vários ‘tamanhos de multas’ nos últimos seis meses, incluindo números superiores a 10 vezes o valor anunciado, então acreditamos que o acordo ajuda a reduzir um risco significativo de cauda”, apontaram os analistas do BTG.

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O Citi tem recomendação neutra para os ativos, com preço-alvo de R$ 25. Os analistas ressaltam que, apesar da melhora dos números, ainda veem a empresa caminhando na “corda bamba” quanto ao atendimento das exigências de capital nos próximos trimestres.

Outra casa que possui esta recomendação é o JPMorgan, que também reforça que os índices de solvência regulatória ainda estão em patamares desconfortáveis, ainda que o cenário-base no momento não seja de que a companhia tenha que fazer um novo aumento de capital. Os analistas do JP destacaram manter preferência no setor por BB Seguridade (BBSE3) e Porto (PSSA3).

Os analistas do BTG, por sua vez, apontaram seguirem neutros/cautelosos, mas avaliam que o momento pode ter mudado para a empresa.

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“Com uma posição de capital muito apertada, o IRB normalmente buscaria outro aumento de capital. No entanto, o baixo apetite dos atuais stakeholders indica que isso só seria uma opção caso o capital regulatório caísse abaixo do mínimo,
obrigando-os a fazê-lo. Com os últimos meses mostrando números positivos, um segundo trimestre potencialmente melhor e uma ‘pequena’ multa do DOJ, pode-se argumentar que o IRB está em melhor forma”, avaliam os analistas do banco.

Para eles, o caminho provavelmente ainda é difícil e o IRB provavelmente também será uma empresa menor do que antes, sendo que a “lucratividade sustentável” ainda é um ponto de interrogação. “Porém, a luz no fim do túnel parece estar cada vez mais próxima”, aponta.

Assim, os analistas permanecem neutros/cautelosos na tese, com preço-alvo de R$ 21 por ação, devido à baixa visibilidade e ao balanço esticado, mas não descartam que a ação continue sua alta vista nas últimas semanas.

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De acordo com compilação da Refinitiv, as seis casas que cobrem a ação possuem recomendação neutra para o ativo, com preço-alvo médio de R$ 29, ou uma leve alta de 2,7% em relação ao fechamento de quinta-feira (28).

O próximo catalisador a ser observado é o resultado do primeiro trimestre e as sinalizações dadas pela gestão da companhia em teleconferência com o mercado. O balanço da companhia será divulgado dia 15 de maio, após o fechamento do mercado.

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