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Após uma semana agitada por dados do PIB, os próximos dias serão ainda mais movimentados, especialmente pela Super Quarta, quando saem as decisões de juros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, no Brasil, e do Federal Open Market Committee (Fomc), do Federal Reserve (Fed), nos EUA.
Mais do que os resultados das reuniões, o que vai fazer preço nos ativos serão os comunicados, bem como a tradicional coletiva de Jerome Powell, presidente do Fed, para detalhar a decisão de juros nos EUA. No dia seguinte, serão divulgadas as decisões das reuniões do Banco Central Europeu (BCE) e do Reino Unido (BoE).
Antes da “Super Quarta”, porém, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará o IPCA de novembro, que servirá para guiar não só a decisão dessa semana, quanto sinalizar o que poderá vir pela frente. A expectativa do Bradesco é de aumento de 0,26% na comparação mensal.
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“Esperamos variação mensal de 0,26%, fruto de quedas de bens industriais por conta da Black Friday e da gasolina, após reajustes da Petrobras. Do lado de serviços, esperamos alta moderada, corroborando cenário benigno de desinflação no curto prazo”, considera a equipe econômica do Research da XP.
Na segunda, os dados apresentados serão os semanais Índice de Preços ao Consumidor (IPC), pelo FIPE, relatório Focus do Banco Central e balança comercial. No dia seguinte, além do IPCA, serão conhecidos os números do Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) de dezembro, apresentados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Na quarta-feira, todos os olhares se voltam para a divulgação da taxa básica de juros, a Selic, pelo Copom. O consenso do mercado é de corte de 0,50 p.p., conforme prometido pelo próprio Copom na última decisão. Confirmado o corte, a Selic chegaria ao patamar de 11,75% ao ano.
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“Esperamos corte de 0,5 ponto percentual da taxa Selic na quarta-feira, conforme sinalizado anteriormente pelo Comitê. No entanto, acreditamos que as atenções estarão voltadas principalmente para as sinalizações dos próximos passos de ajuste (no comunicado), em meio à redução dos riscos para o cenário desde o último Copom, sobretudo no ambiente externo”, considera o Bradesco.
Na análise da equipe econômica do Itaú, o consumo resiliente e a dinâmica mais benigna da inflação garantem conjuntura favorável para que o Comitê não continue com a obrigação de manutenção de cortes da mesma magnitude. O grande benefício de não haver compromisso com os cortes sucessivos seria garantir autonomia para que as mudanças acompanhassem alterações no cenário.
“Apesar disso, vemos como mais provável a manutenção de tal prescrição nesta reunião, ainda que com alguma qualificação, considerando (1) a distância esperada ainda relevante para o fim do ciclo de cortes e (2) o fato de que o Copom vem ressaltando que esta comunicação já embute a condicionalidade apropriada em um ambiente incerto, especificando este curso de ação caso se confirme o cenário esperado”, entende a equipe chefiada por Mario Mesquita.
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No mesmo dia, será divulgada pelo IBGE a Pesquisa Mensal de Serviços, com dados da receita do setor de serviços de outubro, e os números de Fluxo Cambial pelo Banco Central. Na quinta-feira, os números de vendas no varejo serão conhecidos com a divulgação da Pesquisa Mensal de Comércio de outubro.
“A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) deve mostrar expansão das vendas varejistas, em linha com o alívio na inflação de curto prazo – sobretudo de alimentos e combustíveis – e aumento da massa de renda disponível. Por sua vez, acreditamos que a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) registrará virtual estabilidade no mês, com sinais mistos entre os segmentos”, considera o Research da XP.
A semana será fechada com apresentação do índice IBC-Br de atividade econômica pelo Banco Central, com dados de outubro e, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), do IGP-10 de dezembro, com expectativa do Bradesco de alta de 0,58% na comparação mensal.
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Semana na política
No campo político, a expectativa é de semana cheia no Congresso, com votações dos vetos ao arcabouço fiscal e à desoneração da folha (esperados para semana passada).
O destaque será a votação do projeto que revisará a tributação das subvenções do ICMS, considerado pela XP a “principal aposta do Ministério da Fazenda para elevar a arrecadação a partir do ano que vem”.
Na pauta, estarão presentes também as decisões sobre a tributação de apostas online e sobre a lei de diretrizes orçamentais (LDO) de 2024.
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Exterior
Mesmo com dados do relatório de folha de pagamento (payroll) acima do esperado, as bolsas nos EUA encerraram a semana com ganhos, após altas na sessão de sexta-feira. Os números apresentados demonstraram que o mercado de trabalho de trabalho ainda continua apertado.
Assim, de acordo com a plataforma FedWatch, as apostas pelo início do corte de juros na reunião de março de 2024 se reduziram e a probabilidade de manutenção do patamar atual nos encontros de janeiro e dezembro se sedimentou.
É com esse espírito que se chega à semana de decisão de juros pelo Fomc (Comitê de Política Monetária do Federal Reserve), que deverá manter a taxa no intervalo entre 5,25% e 5,50% na quarta-feira.
Tão relevante quanto a divulgação da (já esperada) decisão é a coletiva de Jerome Powell, presidente do Fed, que acontece logo após o anúncio da decisão. No mesmo dia, será apresentado, também, o Índice de Preços ao Produtor.
Na terça-feira, os EUA conhecerão o Índice de preços ao consumidor, com projeção LSEG de aumento de 0,1% na comparação mensal e o resultado fiscal do mês de novembro.
E, na quinta, os números semanais de auxílio desemprego serão divulgados, bem como os dados de venda no varejo, com expectativa LSEG de redução de 0,1% na comparação mensal.
Na sexta-feira, saem os dados do índice Empire Manufacturing de dezembro e a produção industrial de novembro, que deve trazer alta de 0,2% em relação ao mês anterior, conforme consenso LSEG. O IHS Markit apresentará o índice PMI composto de dezembro.
Europa
Na Zona do Euro, na quinta-feira, sairá o anúncio de juros pelo Banco Central Europeu (BCE), seguido de entrevista da presidente do BCE, Christine Lagarde. O consenso do mercado é de manutenção da taxa em 4,50%.
Enquanto isso, no mesmo dia, sai a decisão de juros do Reino Unido, com o consenso do mercado prevendo a manutenção da taxa em 5,25% pelo Banco Central do Reino Unido (BoE).
A semana contará, ainda, com dados do levantamento ZEW de sentimento econômico pela Alemanha, na terça-feira, seguidos pelos dados de produção industrial do bloco europeu na quarta.
Por fim, na sexta-feira, a Alemanha e a Zona do Euro divulgarão seus números do índice PMI Composto, apurado pela Markit. O bloco trará também a balança comercial de outubro.
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