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Pesos pesados da Bolsa, respondendo por grande parte do volume do Ibovespa, as ações de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) passam por momentos distintos no índice. Enquanto Vale recua cerca de 18% no acumulado de 2023, Petrobras PN sobe 68%.
No pregão desta terça-feira (5), os papéis da Vale (VALE3) caíram 0,43%, cotados a R$ 69,10, ao passo que os da Petrobras (PETR4) dispararam 3,34%, a R$ 33,37.
Ambas vêm sendo impulsionadas, no curto prazo, por movimento de valorização das commodities, sobretudo Petrobras (PETR4), com a disparada do preço do barril de petróleo do tipo Brent, que atingiu a máxima em dez meses, aos US$ 90.
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Enquanto isso, o preço do minério de ferro registrou recuperação nas últimas semanas, mesmo que ainda pairem dúvidas sobre a retomada da economia chinesa.
Diante deste cenário, confira a seguir o que grafistas consultados pelo InfoMoney esperaram para as ações das duas gigantes da Bolsa.
Análise das ações de VALE3 e PETR4
Para a analista técnica da Clear Corretora, Pam Semezzato, tanto VALE3 quanto PETR4 estão em tendência de alta no longo prazo.
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No entanto, as ações da Petrobras estão com uma “fortíssima tendência de alta, bem definida, no médio prazo também”.
Enquanto isso, no médio prazo, as ações da Vale estão em um movimento lateral, entre as extremidades de preços entre R$ 56,30 e R$ 93,00.
Gráfico semanal de Vale e Petrobras: 2020 a 2023
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VALE3 e PETR4: curto prazo
Em relação ao curto prazo, Pam aponta que as ações da Petrobras também estão em tendência de alta. “Essa tendência mais altista segue enquanto o papel estiver acima da resistência de R$ 30,80“, aponta ela.
A analista ressalta que no pregão desta terça-feira (5) as ações romperam o topo anterior, de R$ 32,80, “confirmando um novo movimento de alta para o curtíssimo prazo”.
Sobre a Vale, no curto prazo, Pam entende que o papel segue com características de lateralização, pois “não rompeu o topo anterior e nem formou fundos mais altos”.
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Ela cita que, após o preço tentar romper o suporte de curto prazo, em R$ 63,70, voltou “em linha reta para a resistência da lateralização menor, em R$ 70,60.”
“Para mudar essa característica de lateralização espero por um movimento mais fraco de baixa e que um fundo mais alto do que o anterior seja traçado; aí sim poderíamos esperar por uma tendência de alta no curto prazo também.”
Gráfico diário Vale (dez/22 a set/23) e Petrobras (abr/23 a set/23)
Análise técnica das ações de PETR4
O analista da Top Gain, Matheus Lima, destaca que, apesar de a Petrobras ser umas das maiores empresas listadas da Bolsa, ocupa a terceira posição entre as mais valorizadas do ano. “Essa forte tendência de alta se intensificou ainda a partir de março”, aponta.
Gráfico diário de Petrobras (jul/22 a set/23)
Conforme Lima, recentemente, o gráfico da Petrobras rompeu uma região de “reacumulação”, o que configura um “padrão de continuação da tendência de alta anterior”.
“Quando projetamos a última onda de alta, usando proporção de Fibonacci, temos o preço R$ 34,64, como possível região de resistência”, diz ele.
De modo geral, acrescenta o analista, a expectativa é de que “as ações da Petrobras continuem subindo forte, por mais tempo, enquanto o gráfico ainda confirmar a tendência de alta de médio prazo.”
Gráfico 60 minutos de Petrobras (jul/23 a set/23)
- Confira os principais padrões de reversão de tendência na análise técnica
Análise técnica das ações de VALE3
Em relação às ações da Vale, Lima pontua que, desde 2021, o preço se mantém no mesmo canal lateral, entre R$ 93,47 (resistência) e as proximidades de R$ 62 (suporte).
O analista pontua que o preço chegou a se encontrar próximo do suporte, recentemente, mas que, agora, “já mostra sinais fortes de agressão compradora, que tem alto potencial para levar o preço novamente para os patamares de resistência anteriores.”
Gráfico diário de Vale (dez/20 a set/23)
Por fim, analisando um período menor de tempo, ele diz que é possível identificar um topo anterior importante, em R$ 71, “que precisa ser superado para poder dar continuidade na confirmação da reversão de tendência”.
Entretanto, complementa, “a amplitude da última movimentação foi expressiva, podendo causar uma exaustão do movimento de alta facilmente neste nível de preço.”
Gráfico 120 minutos de Vale (abr/23 a set/23)
Suporte e resistência
Os suportes são regiões de preço que costumam atrair compradores sempre que a ação atinge aquele patamar. Ou seja, o papel sobe após atingir aquela cotação.
As resistências, ao contrário, são regiões de preços que costumam atrair vendas. Ou seja, a ação geralmente cai após bater naquela cotação.
Uma regra importante na análise técnica é a da bipolaridade, que significa que o suporte, quando rompido, se torna uma resistência e a resistência, quando superada, torna-se um suporte.
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