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RIO DE JANEIRO (Reuters) – O novo plano estratégico da Petrobras (PETR3;PETR4) para o período de 2024 a 2028 deverá prever um aporte semelhante ao atual (2023-2027), de cerca de 78 bilhões de dólares, tendo como novidade um olhar para a transição energética, disse o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, à Reuters.
A companhia deverá publicar em agosto novos ajustes para o atual planejamento, como forma de preparar o mercado para o documento estratégico totalmente reformado previsto para ser publicado no fim do ano.
“Financeiramente, (o plano) acho que não (será muito diferente). O destaque será essa questão das renováveis. Não deve diferir muito porque de um ano para o outro não pode fazer muitos movimentos”, disse Prates, em uma entrevista exclusiva, sem adiantar números.
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“Claro que vamos ter um plano de investimentos importante com pré-sal sendo muito importante. Essa é uma empresa de pré-sal, de offshore de petróleo, mas vai se transformando aos poucos”, disse ele, ao comentar sobre o primeiro planejamento a ser anunciado pela sua gestão.
No atual plano estratégico, a Petrobras prevê investimentos em exploração e produção de 64 bilhões de dólares, com 67% destinados ao pré-sal. Já em refino e gás natural, a empresa projeta 9,2 bilhões de dólares, com cerca de 50% dos recursos aplicados na expansão e aumento da qualidade e eficiência do refino.
O executivo afirmou que quando assumiu a direção da Petrobras, em janeiro, teve “a nítida impressão de que a empresa estava sendo preparada para uma venda no curto prazo”, com lucros exorbitantes, venda de diversos ativos e com foco exclusivo no pré-sal.
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Agora, a nova gestão busca um plano para preparar a companhia para o longo prazo, olhando a diversificação e sem deixar de perseguir o lucro.
“Temos que continuar sendo uma empresa altamente lucrativa porque temos bons ativos, bom pessoal e conhecimento técnico do Brasil. Isso nos dá essa alavancagem para continuar sendo extremamente lucrativa e boa para os investidores, boa parceira.”
Dessa forma, a petroleira terá dividendos mais ajustados para uma realidade onde ela projeta e investe para o futuro, afirmou Prates, pontuando que a empresa quer atrair acionistas que entendem o olhar de longo prazo para a petroleira. “Se for curtoprazista não adianta”, disse.
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AVANÇO EXPLORATÓRIO E MARGEM EQUATORIAL
Prates reiterou o interesse da companhia na exploração da Bacia da Foz do Rio Amazonas, na Margem Equatorial, considerada a mais nova fronteira exploratória de petróleo e gás, mesmo após uma negativa do Ibama neste ano.
“A gente considera que terá a licença, mais cedo ou mais tarde”, disse o executivo, pontuando que a empresa seguirá requisitos e prazos que forem colocados pelo órgão ambiental federal.
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A petroleira já recorreu da decisão do Ibama, com quem vem mantendo interações, mas não há prazo para uma decisão final.
“A gente não vai desistir de uma numa nova fronteira, a não ser que se diga um peremptório não”.
No Brasil, a Margem Equatorial se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá. Já no exterior, compreende outros países onde a Petrobras também poderá estudar investimentos, como Suriname e Guiana. Outra possibilidade exploratória, segundo ele, poderá ser a análise de áreas na costa oeste africana, onde há similaridade geológica.
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O avanço para a exploração em outros países tem a ver com uma expansão natural da Petrobras, segundo Prates, que avalia oportunidades também em outras áreas, como renováveis.
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