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(Bloomberg) — Os comentários sobre o abastecimento de gás na Europa feitos na quarta-feira pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, foram uma tentativa deliberada de acalmar um mercado cada vez mais instável, disseram duas pessoas com conhecimento da política energética do país.
Havia algumas condições à potencial oferta de volumes recordes de exportação de gás russo este ano, talvez a rápida aprovação do gasoduto Nord Stream 2. Mas as fontes disseram que a principal motivação por trás da declaração de Putin era reduzir os preços, que estavam altos demais.
A intervenção verbal foi um sucesso. Depois de subir 60% em apenas dois dias, as cotações do gás caíam na quinta-feira, juntamente com os preços da eletricidade e do petróleo.
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O governo de Moscou, embora muitas vezes descrito como uma potência hostil que usa o gás como arma política contra os vizinhos, tem profundos laços comerciais com a Europa. Continua a ser o maior mercado de exportação da Rússia, como tem sido durante décadas desde a Guerra Fria e o colapso da União Soviética.
A Rússia se surpreendeu com a dimensão da alta do preço do gás na Europa e estava cada vez mais preocupada com a estabilidade do mercado de energia da região, disse uma das pessoas.
“Esse tipo de frenesi especulativo” que tomou conta dos mercados europeus não serve para nada, disse Putin em reunião transmitida pela TV na quarta-feira.
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A estabilização dos preços do gás é uma meta importante para a Rússia agora, disse uma das pessoas. O país prefere a baixa volatilidade a uma alta contínua, disse outra fonte.
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