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Após a divulgação de resultados considerados mistos pelos analistas, a Inter & Co, holding dona do Banco Inter, vê suas ações subirem forte hoje em Nova York. Os papéis INTR, negociados na Nasdaq, operavam em alta de mais de 6% no início da tarde. Os BDR’s da companhia, recibo de ações negociados na Bolsa brasileira sob o código INBR32, subiam na mesma proporção.
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O Itaú BBA descreveu o resultado trimestral como “suave, porém encorajador”. Os números vieram mistos, na visão da equipe de análise. A receita líquida de juros (NII) do banco veio em linha com as projeções do mercado, recuando 6% na comparação trimestral. A carteira de empréstimos, por sua vez, surpreendeu crescendo 13% na mesma base de comparação e com mix estável.
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O BBA também destaca a estabilidade da taxa de inadimplência (NPL) do banco, em 4%, ainda que as provisões tenham aumentado 9%, dentro do esperado. A alta de 6% nas receitas de serviços foi vista como um crescimento “tímido” pelos analistas. Os custos de operação subiram na mesma proporção.
“Estamos muito satisfeitos com o NPL e acreditamos que mantemos o foco de melhorar a gestão de risco”, afirmou Helena Lopes Caldeira, CFO do Banco Inter, em teleconferência com analistas sobre os resultados do terceiro trimestre.
“Temos confiança de que estamos melhorando nossa avaliação de risco de crédito e a tendência é que vamos ver melhora na taxa de NPL”, completou a executiva.
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Na avaliação do Bradesco BBI, a estabilização do NPL é um sinal de que a companhia está focada em melhorar a subscrição de crédito e mais conservadora na tomada de riscos.
Por outro lado, a receita líquida de juros foi sentiu o desempenho mais fraco de títulos indexados à inflação. O Inter observa que tem aproximadamente R$ 4 bilhões expostos ao índice de preços que foram negativamente impactados pelo cenário deflacionário.
A receita média mensal por cliente ativo do Inter (ARPAC) não cresceu na mesma proporção que o número de clientes. Questionado pelos analistas sobre essa desproproção, Santiago Stel, diretor de estratégia e relações com investidores, explicou que a deflação dos últimos meses impactou os números.
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O ARPAC, que ficou em R$ 29 no período, teria sido de R$ 33 excluindo esse impacto.
Os executivos acreditam que os resultados do terceiro trimestre não refletem exatamente o perfil de lucratividade do banco, justamente pelo fato do ambiente deflacionário do período ser tratado como um evento extraordinário.
Essa pressão negativa deve diminuir, à medida que o período de deflação passar. Assim sendo, o BBA vê indicações decentes para lucros no quarto trimestre, com melhores receitas de juros e custos de crédito mais contidos.
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O JP Morgan avaliou os resultados como fracos, porém esperados, apontando para um ponto de inflexão para a lucratividade. A receita com juros do Inter superou as expectativas dos analistas do Morgan, que também destacaram a estabilidade da inadimplência e os custos de risco menores que o esperado como pontos positivos.
Por outro lado, as receitas com serviços do Inter vieram abaixo do esperado pelo banco e o número de clientes ativos em relação à base total diminuiu.
O Morgan Stanley, por sua vez, vê mais pontos negativos do que positivos nos resultados do banco. Para os analistas da casa, a monetização de clientes do Inter continua a diminuir, com uma queda de 9% no ARPAC, comparando ao segundo trimestre, e de 6% na comparação anual. O Morgan também avalia que as despesas operacionais crescem acima das receitas.
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