Intelbras (INTB3): aquisição da colombiana Allume vai em linha com internacionalização, mas não muda case para ações

Para a XP, a operação é vista como positiva, considerando a possibilidade de ampliação na presença da Intelbras na America Latina; BBA enxerga como "neutra"

Camille Bocanegra

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A Intelbras (INTB3) anunciou nesta semana a compra de 55% da holding colombiana Allume. A companhia atua principalmente nos segmentos de segurança eletrônica, redes e comunicação, tanto através de marca própria quanto de produtos de terceiros.

Assim, a Intelbras já mantinha relacionamento anterior com a holding, que é uma das líderes do setor no mercado colombiano. A aquisição foi realizada por R$ 24 milhões, sujeitos a ajustes nas transações.

O pagamento foi acertado com 30% via transferência bancária, 60% em parcelas mensais ao longo de 1 ano (dentre as parcelas, uma é ligado a metas operacionais e financeiras de 2023) e 10% em parcelas anuais ao longo de 3 anos.

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Internacionalização

A operação foi considerada neutra para o Itaú BBA, mas foi vista como positiva por analistas da XP. Ambas as análises consideram que a estratégia da Intelbras de internacionalização torna-se fortalecida e a aquisição amplia possibilidade de atuação em diversas frentes.

Para o BBA, a estratégia pode favorecer o objetivo de crescimento robusto no médio e longo prazo da companhia, mas não é capaz de “mover o ponteiro em termos de valor de mercado”. O banco ressalta, ainda, que a internacionalização já é parte da atuação da Intelbras, considerando que já há operação no Uruguai.

Contudo, o tema já foi alvo de discussões entre investidores quando houve a parceria da empresa com a Qualcomm, na América Latina, e pode ser ainda mais representativa no futuro, se bem sucedida.

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“O M&A anunciado não altera nossa visão sobre o case. Embora a ação esteja barata em 11,5 vezes o P/L (múltiplo de preço sobre lucro) esperado para 2024, estamos aguardando uma mudança na dinâmica operacional antes de nos tornarmos mais otimistas em relação a INTB3”, considera o BBA. O banco tem recomendação marketperform (desempenho em linha com a média do mercado, equivalente à neutra), com preço-alvo de R$ 28 para os ativos.

A visão da XP é mais otimista, considerando o fortalecimento da estratégia de internacionalização e o aumento da participação da companhia na América Latina.

“Acreditamos que a empresa optou por adquirir uma empresa pequena, mas com um canal de distribuição sólido. A Intelbras é reconhecida por ter um canal de distribuição diferenciado e dominante no Brasil, e terá o desafio de replicá-lo em novas regiões para ter sucesso em sua estratégia de internacionalização”, afirma a corretora.

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A recomendação da XP é de compra, com preço-alvo para 2024 de R$ 33,00.

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