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SÃO PAULO – Uma campanha do governo da Hungria que retrata o empresário bilionário George Soros como inimigo do povo provocou um protesto público com pessoas acusando o partido de direita Fidesz de antissemitismo comparado ao período nazista.
A campanha eleitoral dirigida pelo atual primeiro-ministro, Viktor Orban, lança o investidor americano-húngaro como defensor da imigração ilegal, com a intenção de minar as rígidas políticas de refugiados do governo.
Os anúncios de televisão e outdoors publicados em todo o país mostram Soros – que nasceu na Hungria de uma família judaica que sobreviveu à ocupação nazista – ao lado da frase: “Não vamos deixar Soros rir por último”. Os críticos dizem que os cartazes relembram imagens antissemitas da década de 1930, que retratavam os judeus como manipuladores políticos.
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Em defesa do governo, o Ministério Húngaro das Relações Exteriores em Budapeste diz que o governo tem “o dever de defender nossa pátria e cidadãos”. A campanha é a mais recente em uma contínua investida da Orban contra o investidor de 86 anos.
O primeiro-ministro húngaro sempre criticou Soros, cujos ideais estão em desacordo com a visão de Orban de que a cultura europeia está sob uma ameaça existencial da migração e do multiculturalismo. Orban também tentou apertar as regras que regem as ONGs, muitas das quais foram beneficiárias dos cerca de US$ 400 milhões doados por Soros para apoiar a justiça, a educação e os direitos humanos na Hungria.
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