Índices futuros americanos avançam após Fed manter política expansionista; Europa e Ásia também sobem

Em Hong Kong, o índice Hang Seng, que havia registrado queda de 8% nos dois primeiros dias da semana, subiu 3,3% na quinta-feira

Equipe InfoMoney

Foto: reprodução
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Os índices futuros americanos sobem nesta quinta-feira (29) pela manhã, após o Fomc, o Comitê Federal do Mercado Aberto do Federal Reserve, concluir sua reunião de dois dias.

Na quarta, o presidente do Fed, Jerome Powell afirmou à imprensa que, apesar de a economia dos Estados Unidos estar progredindo rumo a suas metas, ainda há um longo caminho antes de o banco central americano ajustar suas políticas expansionistas. Assim, o Fed manteve sua taxa de juros referencial próxima a zero.

O presidente do Fed afirmou: “Nós temos algum caminho a percorrer no que diz respeito ao mercado de trabalho (…) Acho que ainda estamos um pouco distantes de ter progresso substancial. Eu gostaria de ver alguns números fortes de emprego”.

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O rendimento dos títulos do Tesouro americano subiu em antecipação ao anúncio, mas teve leve queda após a fala de Powell.

As principais bolsas americanas caminham para fechar o mês em alta. Até o momento, o S&P subiu 2,4% em julho; o Nasdaq Composto subiu 1,8%; e o Dow subiu 1,2%.

Entre as empresas que devem divulgar seus resultados nesta quinta estão Pinterest, Anheuser Busch e Amazon. Investidores também aguardam a divulgação de dados sobre novos pedidos de seguro desemprego e vendas de moradias nos Estados Unidos.

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Na quinta-feira, as bolsas asiáticas continuaram em retomada após quedas por dois dias consecutivos no início da semana, quando notícias sobre movimentos regulatórios do governo da China derrubaram as ações de empresas de tecnologia e educação do país.

De acordo com informações de bastidores obtidas pela rede americana CNBC, na quarta o regulador de valores mobiliários da China afirmou a corretoras que o país permitirá que empresas sejam listadas nos Estados Unidos, contanto que atendam a determinadas exigências.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng, que havia registrado queda de 8% nos dois primeiros dias da semana, subiu 3,3% na quinta-feira. O indicador foi impulsionado por forte alta de ações de tecnologia, como Tencent, que avançou 10,02%; Alibaba, que subiu 7,7%; e Meituan, que avançou 9,49%.

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No Japão, as ações do Softbank Group subiram 4,08%. O grupo japonês está vendendo cerca de um terço de sua participação no Uber para cobrir perdas em seus investimentos na empresa chinesa de caronas pagas Didi, cujos papéis vêm sofrendo perdas em meio a pressões regulatórias do governo chinês por conta de coleta e uso supostamente inapropriado de informações dos usuários.

As ações do Sony Group também tiveram alta de 3,46% após o braço Sony Interactive Entertainment anunciar na quarta ue mais de 10 milhões de unidades do PlayStation 5 foram vendidas desde o lançamento, o que torna o console aquele com vendas mais rápidas da história da empresa.

Na China continental, o índice Shanghai subiu 1,49%; no Japão, o Nikkei subiu 0,73%; e na Coreia do Sul o Kospi avançou 0,18%.

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As bolsas europeias também têm altas nesta quinta, acompanhando a divulgação de resultados e também o anúncio do Fed sobre suas políticas. O índice Stoxx 600, que reúne as ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 países europeus, avança 0,3%, com destaque positivo para o setor de petróleo e gás e negativo para papéis do setor de viagem e lazer.

O banco Credit Suisse divulgou um lucro líquido de US$ 278,3 milhões no segundo trimestre, abaixo da expectativa de analistas ouvidos pelo próprio banco. O banco também afirmou que uma investigação a respeito de seus negócios com o fundo de hedge Archegos Capital revelou diversas falhas mas nenhuma conduta “fraudulenta ou criminosa”. Nesta quinta, os papéis do banco caem 4,1%.

A fabricante de carros Volkswagen elevou sua meta para margem de lucro pela segunda vez em três meses por conta de faturamento recorde no primeiro semestre. Os papéis da empresa caem 1,3%.

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A Royal Dutch Shell informou que o lucro do segundo trimestre subiu a US$ 5,5 bilhões, impulsionado por demanda em recuperação e preços mais fortes de petróleo e gás. A empresa também lançou um programa de recompra de títulos no valor de US$ 2 bilhões e elevou seus dividendos, impulsionando alta de 2,9% de seus papéis nesta quinta.

Ações da Nokia também sobem por conta de resultados fortes. Além disso, o Universal Music Group, da Vivendi, também teve resultados fortes, pouco antes de sua listagem em Amsterdã.

Veja os principais indicadores às 6h40 (horário de Brasília):
Estados Unidos
*Dow Jones Futuro (EUA), +0,31%
*S&P 500 Futuro (EUA), +0,1%
*Nasdaq Futuro (EUA), -0,11%
Europa
*FTSE 100 (Reino Unido), +0,73%
*Dax (Alemanha), +0,21%
*CAC 40 (França), +0,6%
*FTSE MIB (Itália), +0,68%
Ásia
*Nikkei (Japão), +0,73% (fechado)
*Shanghai SE (China), +1,49% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong), +3,3% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), +0,18% (fechado)
Commodities e bitcoin
*Petróleo WTI, +0,677%, a US$ 72,88 o barril
*Petróleo Brent, +0,47%, a US$ 75,09 o barril
*Bitcoin, +0,9%, a US$ 40.173,81
Sobre o minério: **Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian com queda de 1,59%, cotados a 1.114,5 iuanes, equivalente hoje a US$ 172,54 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 6,46

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