Índices de NY sobem antes de inflação PCE nos EUA; taxa de desemprego no Brasil e mais destaques

Dados de inflação na Zona do Euro e de atividade da China também são destaque no exterior

Felipe Moreira

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Os índices futuros dos Estados Unidos operam com alta nesta quinta-feira (30), com investidores à espera da divulgação do deflator do consumo de outubro (PCE, em inglês) – indicador de inflação favorito do Federal Reserve (Fed).

O consenso LSEG prevê alta de 0,1% na base mensal e de 3% na comparação anual.

As bolsas da Europa, por sua vez, passaram a operar em alta após uma manhã volátil com os dados preliminares de inflação na Zona Euro de novembro, que ficaram abaixo do esperado.

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Já os preços do petróleo sobem antes da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). A expectativa é por corte de produção de até 1 milhão de barris por dia.

Por aqui, investidores aguardam pela taxa de desemprego do mês de outubro, medida pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua.

Os investidores também estarão de olho na assembleia da Petrobras, que começa às 14h, para decidir mudanças no estatuto e provisão para dividendos.

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Além disso, o julgamento sobre os precatórios no plenário virtual do STF foi retomado nesta madrugada e tem grande importância para os planos da Fazenda de cumprir as regras do novo arcabouço.

1.Bolsas Mundiais

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em alta no último pregão do mês de novembro, com investidores atentos à leitura de outubro das despesas de consumo pessoal, um indicador-chave da inflação para o Federal Reserve. Pedidos semanais de seguro-desemprego também são previstos para hoje.

Dez dos onze setores estão a caminho de terminar este mês no verde. O setor de tecnologia liderou os ganhos, com alta de 12,82% em novembro. Energia, com queda de 2,27%, foi a única retardatária.

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Veja o desempenho dos mercados futuros:

Ásia

Os mercados acionários da Ásia tiveram pregão em geral positivo, nesta quinta-feira. Na China, a Bolsa de Xangai subiu, mas Shenzhen recuou, em meio a avaliações sobre o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do país. Em Tóquio, o quadro foi mais positivo, com expectativa antes de dados importantes hoje nos Estados Unidos, sobretudo o índice de preços de gastos com consumo (PCE).

A Bolsa de Xangai fechou em alta de 0,26%, em 3.029,67 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, caiu 0,35%, a 1.970,11 pontos. O PMI da indústria da China recuou de 59,5 em outubro a 49,4 em novembro, na leitura oficial, quando analistas ouvidos pela FactSet previam 49,7. O PMI de serviços caiu de 50,6 em outubro a 50,2 em novembro, quando se esperava 51,0, neste caso.

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Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei fechou em alta de 0,50%, em 33.486,89 pontos, encerrando na máxima do dia. Entre os melhores desempenhos, a ação da Advantest subiu 4,3%, NEC avançou 3,9% e Makita, 3,6%.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve ganho de 0,29%, a 17.042,88 pontos.

Na Bolsa de Seul, o índice Kospi subiu 0,61%, a 2.535,29 pontos, com fechamento na máxima diária. A praça sul-coreana chegou a cair em parte do dia, mas ganhou impulso, apoiada por ações ligadas a baterias, semicondutores e transporte marítimo de cargas. Na agenda local, o Banco Central da Coreia manteve os juros, mesmo que tenha elevado projeções para inflação neste ano e no próximo.

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Europa

Os mercados europeus voltaram a operar em alta após uma manhã volátil, olhando de perto a divulgação dos dados preliminares da inflação na Zona do Euro para novembro.

A inflação anual na zona do euro subiu 2,4% em novembro na comparação anual, de 2,9% em outubro, enquanto economistas consultados pela Reuters esperavam uma leitura de 2,7%. O núcleo da inflação subjacente também ficou abaixo das expectativas.

Na quinta-feira, dados econômicos mostraram que a inflação francesa desacelerou para 3,4% numa base anual em novembro, abaixo da leitura de outubro de 4%. Os dados do produto interno bruto (PIB) da França do terceiro trimestre, também divulgados na quinta-feira, refletiram um declínio de 0,1%.

Os mercados europeus fecharam em alta na quarta-feira, depois que dados divulgados à tarde mostraram que a inflação alemã caiu para 2,3% em novembro, significativamente acima dos 2,6% previstos em uma pesquisa da Reuters.

Commodities

Os preços do petróleo sobem com expectativas para reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) nesta quinta-feira.

As cotações do minério de ferro na China fecharam com alta superior a 1% e registraram o quarto mês consecutivo de ganhos, refletindo o otimismo dos participantes do mercado em relação aos esforços de Pequim para revitalizar o setor imobiliário.

Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência para janeiro, SZZFF4, subiu 0,1%, para US$ 128,65 por tonelada.

Bitcoin

2. Agenda

A agenda de hoje tem como destaque o Índice PCE de outubro, com consenso LSEG prevendo alta mensal de 0,1% e de 3% na base anual.

No Brasil, sai a taxa de desemprego de outubro, com consenso LSEG estimando taxa em 7,7%.

Brasil

9h: Taxa de desemprego de outubro; consenso LSEG prevê taxa em 7,7%

14h30: Fluxo cambial semanal

15h: Reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN)

17h: Roberto Campos Neto, presidente do BC, tem reunião, por videoconferência, com Marcos Barbosa Pinto, Secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda (fechado à imprensa)

EUA

10h30: Pedidos de seguro-desemprego semanal; consenso LSEG projeta 220 mil solicitações

10h30: Índice PCE de outubro; consenso LSEG prevê alta mensal de 0,1% e de 3% na base anual

12h: Moradias pendentes de outubro

Zona do Euro

7h: Inflação de novembro; consenso LSEG estima alta de 2,7% na base anual

7h: Taxa de desemprego de outubro; consenso LSEG prevê taxa em 6,5%

3. Noticiário econômico

Senado aprova PL das “offshores” e fundos exclusivos

O plenário do Senado Federal aprovou ontem o parecer do senador Alessandro Vieira (MDB-SE) para o projeto de lei que altera as regras de tributação sobre aplicações financeiras mantidas por brasileiros no exterior, regulamenta o instrumento dos trusts no Brasil e modifica a taxação de fundos exclusivos (PL 4.173/2023).

A votação ocorreu de forma simbólica e contou com o apoio até mesmo de integrantes da oposição. Mas os senadores Carlos Portinho (PL-RJ), Cleitinho (Podemos-MG), Eduardo Girão (Novo-CE), Damares Alves (Republicanos-DF), Jorge Seif (PL-SC), Magno Malta (PL-ES), Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) e Soraya Thronicke (Podemos-MS) registraram posição contrária à matéria.

Como o texto não sofreu alterações de mérito em relação à versão aprovada pela Câmara dos Deputados, ele segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

STF retoma nesta quinta julgamento sobre precatórios

O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou nesta quinta-feira (30) o julgamento virtual sobre a validade do atual regime de pagamento de precatórios, títulos de dívidas do governo federal reconhecidas definitivamente pela Justiça. O julgamento começou à meia-noite.

O julgamento começou na segunda-feira (27), mas foi interrompido por um pedido de vista do ministro André Mendonça. No início da noite de ontem, o ministro liberou o processo para julgamento.

Até o momento, o Supremo tem maioria de 8 votos a favor da flexibilização das regras de pagamento de precatórios.

Com o entendimento, o governo federal poderá solicitar a abertura de crédito extraordinário para o pagamento do estoque de dívidas judiciais. O valor estimado para pagamento em 2023 é de R$ 95 bilhões. Os recursos não entrarão no cálculo das atuais metas fiscais.

4. Noticiário político

Barroso avalia que posse de Dino no STF deve ocorrer em fevereiro

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, avaliou que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, não deve tomar posse na Corte neste ano, se tiver o nome aprovado pelo Senado.

Na segunda-feira (27), Dino foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ocupar a cadeira deixada pela aposentadoria da ministra Rosa Weber. A sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado foi marcada para 13 de dezembro.

Na avaliação de Barroso, se aprovado pelos senadores, Dino deve ser empossado em fevereiro de 2024, após o recesso do Supremo.

5. Radar Corporativo

Cury (CURY3)

O Conselho de Administração da Cury (CURY3) aprovou nesta quarta-feira (29) a distribuição de dividendos intermediários no montante total de R$ 100 milhões, sendo esse montante correspondente a R$ 0,3449652297 por ação ordinária de emissão da companhia.

Terão direito aos dividendos ora declarados as pessoas inscritas como acionistas da construtora na data-base de 4 de dezembro de 2023, respeitadas as negociações realizadas até essa data.

CSN (CSNA3)

A CSN Resources, controlada da CSN (CSNA3), iniciou, nesta quarta-feira (29), uma oferta de recompra no exterior de todos Senior Unsecured Guaranteed Notes de 7,625%, com vencimento em 2026, emitidos pela CSN Resources, em circulação no mercado internacional, no valor de US$ 300 milhões.

O montante a ser pago para cada US$ 1.000 de montante principal dos Notes em circulação, validamente ofertadas e habilitadas para recompra. Adicionalmente, serão pagos os juros acumulados até a data aplicável de liquidação da recompra, mas excluindo a referida data de liquidação.

Direcional (DIRR3)

A Direcional (DIRR3) aprovou nesta quarta-feira (29) a distribuição de dividendos intercalares, equivalente à quantia de R$ 0,47 por ação, considerando a posição de 172.693.506 ações na presente data, o que totaliza o montante a ser distribuído de R$ 81,2 milhões.

Os dividendos intercalares ora declarados serão pagos aos acionistas com base na posição acionária de 05 de dezembro de 2023.

(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)

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