Ibovespa sobe pelo 6º dia seguido com alívio nas tensões entre Rússia e Ucrânia; dólar cai para R$ 5,18

Ações de peso do índice, como o Petrobras e Vale, não acompanharam a tendência e recuaram junto com preços das commodities

Mitchel Diniz

(Shutterstock)
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O Ibovespa subiu junto com as Bolsas no exterior, após informações do Ministério de Defesa da Rússia de que militares do país teriam se retirado da fronteira com a Ucrânia. No cenário doméstico, a temporada de balanços e estimativas dos resultados das companhias também impactaram o índice. O Ibovespa fechou em alta de 0,82%, aos 114.828 pontos, após oscilar entre 113.882 e 114.828. O volume financeiro foi de R$ 29,9 bilhões.

Em pronunciamento no final da tarde, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que não há sinais de recuo das tropas russas. Pelo contrário – elas estariam perigosamente posicionadas ao redor da Ucrânia. Ainda assim, prevaleceu a sinalização de trégua, que também derrubou os preços do petróleo no mercado internacional.

Ontem, a commodity chegou a ser negociada nos maiores valores desde 2014, com o risco de guerra entre russos e ucranianos. Alexsandro Nishimura, economista, head de conteúdo e sócio da BRA, explica que “o petróleo desabou frente ao esfriamento dos temores de invasão russa no país vizinho, enquanto o minério de ferro despencou 8,9% na bolsa chinesa de Qingdao, diante do endurecimento de medidas de Pequim sobre especuladores do metal”.

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O destaque positivo fica com as ações da Locaweb (LWSA3), com alta de 15,31%, seguidas por Banco Pan (BPAN4) e AZUL (AZUL4), subindo 10,47% e 8,45%, respectivamente. Os setores de varejo e tecnologia avançam com o alívio na curva de juros e demanda estrangeira. As aéreas sobem com a atenuação do conflito no Leste Europeu.

Os destaques negativos ficam com os setores de mineração, petróleo e siderurgia. CSN (CSNA3) liderou as baixas, recuando 4,83%, 3R Petroleum (RRRP3) e Bradespar (BRAP4), vêm em seguida, caindo 4,74% e 3,67%, respectivamente.

Flávio Aragão, sócio da 051 Capital, destaca que tudo fora da commodities subiu na sessão; apenas o setor de materiais básicos destoou um pouco, muito em linha com o que acontece lá fora.

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O dólar voltou a cair na sessão de hoje, mais uma vez com o fluxo de capital externo falando mais alto e ampliando o movimento de queda da divisa frente ao real, com os estrangeiros de olho na bolsa e no “carry trade” atrativo, conforme o cenário de Selic a 12,5% vai se delineando.

O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,72%, a R$ 5,1807, após oscilar entre R$ 5,1667 e R$ 5,2173.

Os juros futuros fecharam em queda: DIF23, -0,09 pp, a 12,37%; DIF25, -0,16 pp, a 11,32%; DIF27, -0,18%, a 11,20%; DIF29, -0,18%, a 11,37%.

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Em Wall Street, o Dow Jones subiu 1,22%, aos 34.988 pontos, enquanto o S&P 500 avançou 1,58%, aos 4.471 pontos. Já a Nasdaq teve alta de 2,53%, aos 14.139 pontos.

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados