Ibovespa reduz queda, mas inicia maio no vermelho; dólar fecha acima dos R$ 5

Investidores aguardam decisões do Federal Reserve e do Banco Central brasileiro e repercutem dados da China

Felipe Moreira

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A bolsa brasileira reduziu suas perdas nas últimas horas do pregão desta segunda-feira (2), mas fechou o primeiro dia de maio em queda, pressionada pela cenário de aversão ao risco após a atividade industrial da China frustrar, impactada pelo cenário de confinamento por conta do Covid-19, e pelas expectativas em relação às reuniões do Federal Reserve e do Banco Central do Brasil.

Para Alexandre Brito, sócio e gestor da Finacap Investimentos, a saída dos investidores estrangeiros da B3 também tem afetado negativamente o desempenho do índice nos últimos dias, com a expectativa de aumento de juros nos EUA.

A expectativa é de que o Federal Open Market Committee (Fomc, na sigle em inglês) eleve os juros básicos em 0,5 percentual na próxima quarta. As sinalizações sobre os próximos passos de política monetária após recentes falas mais hawkishs (duras com relação à inflação), contudo, é que devem dominar a atenção do mercado. Isso em meio a temores de que um avanço mais forte dos juros leve os EUA a uma recessão.

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No Brasil, o consenso é de que o Comitê de Política Monetária (Copom) eleve os juros de 11,75% a 12,75%, mas as sinalizações sobre o fim do ciclo de alta devem seguir no radar.

O Ibovespa caiu 1,15%, aos 106.638 pontos, após oscilar entre 105.218 e 107.883 pontos. O volume financeiro foi de R$ 32,8 bilhões.

Os destaques positivos ficaram com as ações do JHSF (JHSF3) e do GPA (PCAR3) que subiram, respectivamente, 5,12% e 2,66%, seguidas pelas ações da Braskem (BRKM5), com ganho de 2,98%.

As ações do GPA subiram com a notícia de que Abílio Diniz pode retornar ao comando da empresa. Já as ações da Braskem fecharam em alta impulsionadas pela divulgação de seu resultado, em que foi reportado aumento do uso da capacidade instalada em suas usinas.

As ações da Azul (AZUL4) e do Pan (BPAN4) foram os destaques negativos da sessão, recuando, respectivamente, 7,19% e 6,09%, seguidas das ações da Gol (GOLL4), com perdas de 5,98%.

A alta do dólar impactou as ações de companhias aéreas, que possuem grande parte de sua dívida atrelada à moeda americana. Além disso, a Petrobras (PETR3;PETR4) anunciou um novo reajuste no querosene de aviação, de 6,7%, soma 48,7% apenas neste ano.

O dólar fechou a segunda sessão consecutiva em alta, com atividade global fraca e perspectiva de aumento de juros nos EUA. A moeda americana subiu 2,63%, a R$ 5,072, após oscilar entre R$ 4,966 e R$ 5,087.

No aftermarket, às 17h08, os juros futuros sobem em bloco: DIF23, +0,27 pp, a 13,06%; DIF25, +1,16 pp, a 12,18%; DIF27, +1,35 pp, a 12,01%; DIF29, +1,09 pp, a 12,10%.

Em Wall Street, as bolsas viraram na última hora do pregão e fecharam no campo positivo, com investidores de olho na decisão do Fomc sobre a política monetária na próxima quarta-feira (2).

O índice Dow Jones subiu 0,26%, aos 33.063 pontos. O S&P 500 avançou 0,57%, aos 4.155 pontos, enquanto o Nasdaq teve alta de 1,63%, aos 12.536 pontos.

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