Ibovespa Futuro recua no último pregão antes do segundo turno da eleição presidencial

Investidores aguardam por dados de inflação nos EUA em busca de pistas sobre o ritmo de aperto monetário do Fed

Felipe Moreira

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O Ibovespa Futuro opera em baixa nos primeiros negócios desta sexta-feira (28), último pregão antes do segundo turno da eleição presidencial no país, após o índice a vista quebrar uma sequência de três sessões fechando no vermelho e subir 1,66% na véspera.

O benchmark da bolsa brasileira chegou a subir 3% na reta final do pregão, impulsionado pela publicação de uma carta pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), atual primeiro colocado nas pesquisas para presidente na qual ele se compromete a ser responsável fiscalmente em um eventual novo governo. Contudo, diminuiu o ímpeto com a leitura do mercado de que a carta não trouxe tantas novidades.

Às 9h16 (horário de Brasília), o contrato para dezembro tinha baixa de 0,65%, aos 114.855 pontos.

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O mercado brasileiro chega ao último pregão antes do segundo turno da eleição presidencial no país em modo de espera pelo debate entre os dois candidatos à presidência Lula e Jair Bolsonaro na TV Globo nesta noite, de olho ainda em Vale (VALE3), após números que decepcionaram as estimativas. 

Na véspera, pesquisa Datafolha mostrou que Lula manteve 49% das intenções de voto no segundo turno da disputa pelo Palácio do Planalto, enquanto Bolsonaro (PL) oscilou 1 ponto para baixo e passou para 44%.

No sábado, véspera do pleito, ainda são esperados levantamentos de Genial/Quaest, AtlasIntel, CNT/MDA, Ipec e Datafolha.

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Nos EUA, os índices futuros operam em baixa, após projeções fracas da Amazon e Apple aumentarem as indicações de que o aperto monetário mais agressivo do Federal Reserve esteja desacelerando a economia e possa impactar os lucros das companhias.

Em indicadores, o Índice de Preços de Despesas de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês), dado de inflação preferido do Fed, saiu nesta manhã. O núcleo da inflação (sem considerar preços de energia e alimentos, mais voláteis) subiu 0,5% em setembro na base mensal, em linha com o esperado; alta anual foi de 5,1%, ante estimativa Refinitiv de 5,2%.

Nesta manhã, Dow Jones Futuro recuava 0,04%, S&P Futuro caía 0,48% e Nasdaq Futuro tinha baixa de 0,88%.

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No câmbio, o dólar comercial operava com alta de 1,39%, cotado a R$ 5,3805 na compra e na venda, após cair mais de 1% na véspera. Já o dólar futuro para outubro tinha alta de 0,55%, a R$ 5,364.

Com relação a curva de juros, os contratos futuros sobem na pontas de médio e longo prazo, revertendo perdas registradas na sessão anterior, após movimento de ajuste aos mercados globais de renda fixa. O DIF23 (janeiro para 2023) opera em baixa de 0,01 pp a 13,67%; DIF25, tem alta de 0,02 ponto percentual (pp), a 11,89%; DIF27, +0,04 pp, a 11,77%; e DIF29, +0,04 pp, a 11,88%.

Na agenda local, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu 0,97% em outubro, após queda de 0,95% no mês anterior. Com este resultado o índice acumula alta de 5,58% no ano e de 6,52% em 12 meses.

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Exterior

Os mercados europeus estão operando no vermelho, com os investidores digerindo a decisão do Banco Central Europeu de aumentar sua taxa de juros em 75 pontos-base, juntamente com uma enxurrada de resultados corporativos.

No front econômico, o Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha aumentou 0,3% em relação ao trimestre anterior, apesar do país enfrentar alta inflação e preocupações com energia.

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam em baixa, com destaque para as ações de Hong Kong, que caíram para seus níveis mais baixos desde abril de 2009.

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As ações de semicondutores tiveram queda depois que o subsecretário de Comércio dos EUA, Alan Estevez, disse esperar um acordo iminente com aliados para limitar algumas exportações relacionadas a chips para a China.

Do lado das commodities, os preços do minério recuam forte e caminham para quarta baixa seguida na semana em meio à novos lockdowns contra a Covid-19 na China.

As cotações do petróleo recuavam com enfraquecimento do dólar, mas estavam a caminho de um ganho semanal devido às preocupações sobre o aperto da oferta com o corte pendente das importações da Rússia para Europa.

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