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Ibovespa Futuro recua em linha com exterior; dólar e juros sobem forte

Investidores também aguardam pela divulgação da ata do Copom amanhã

Felipe Moreira

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O Ibovespa futuro opera em baixa nos primeiros negócios desta segunda-feira (26), dando continuidade ao tombo de mais de 2% da bolsa na última sexta-feira.

A baixa acompanha o recuo dos mercados americanos e asiáticos em um início de semana negativo, com investidores ainda repercutindo o aumento de juros nos EUA e o compromisso do Federal Reserve com seu plano de elevação das taxas para domar a inflação.

Na agenda americana, os investidores estão antecipando a divulgação de dados de gastos de consumo pessoal (PCE), o indicador de inflação preferido do Fed, previsto para sair na sexta-feira.

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Às 9h25 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento para outubro operava com queda de 0,96%, aos 111.150 pontos.

No câmbio, após ter subido 2,62% no pregão da véspera, o dólar comercial tinha alta de 1,46%, cotado a R$ 5,324 na compra e R$ 5,325 na venda. Já o dólar futuro para setembro tinha alta de 1,30%, a R$ 5,337.

Com relação a curva de juros, a sessão também é de alta: DIF23 (janeiro para 2023), +0,02 pp, a 13,70%; DIF25, +0,21 pp a 11,80%; DIF27, +0,25 pp, a 0,25%; e DIF29, +0,24 pp, a 11,74%.

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No cenário doméstico, o mercado financeiro voltou a reduzir a expectativa de inflação para 2022 e 2023 e a elevar a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano, conforme mostram dados do Boletim Focus divulgados nesta segunda-feira (26) pelo Banco Central.

A expectativa para o IPCA deste ano passou de 6,00 há uma semana para 5,88%. Já a projeção de alta do PIB subiu de 2,65% para 2,67% neste ano e foi mantida em 0,50% em 2023.

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Do lado político, a eleição presidencial entra na reta final, com o debate na TV Globo na quinta-feira (29), que pode definir as chances de haver ou não segundo turno.

Exterior

Na Europa, os mercados operam sem direção definida com temores de uma recessão global aumentando à medida que a inflação continua alta e os bancos centrais recorrem a aumentos agressivos das taxas de juros para tentar controlar a alta dos preços.

A libra caiu para uma baixa recorde nesta segunda-feira, após o anúncio da semana passada pelo novo governo do Reino Unido de que implementaria cortes de impostos e incentivos ao investimento para impulsionar o crescimento.

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Ásia

Na Ásia, os principais índices fecharam em forte queda, acompanhando a tendência mundial registrada na semana passada – Nikkei, do Japão, recuou 2,66%; Shanghai, da China continental, 1,20%; HSI de Hong Kong, 0,44%; e Kospi, da Coreia do Sul, 3,02%.

O Banco Popular da China anunciou hoje (26) que aumentaria a exigência de reserva de risco sobre vendas a prazo de câmbio para 20% de 0%, a partir de 28 de setembro. A medida torna a venda do yuan mais cara.

Do lado das commodities, os contratos de minério de ferro e do petróleo operam no vermelho, com os temores de recessão global pesando e o dólar americano avançando sobre pares.

Análise técnica de Ibov e dólar, por Pamela Semezatto, da Clear Corretora

IBOV: “Segue na lateralização e fazendo máximas semanais mais altas que as anteriores, porém, sem o fechamento acima de candles anteriores, o que ainda indica falta de força compradora para retomar o movimento anterior. Se romper o topo de 114.350 podemos esperar por teste na resistência de 121.800. Se romper os 109.000 pontos, pode vir testar suporte intermediário de 105.000 pontos.”

DÓLAR: “Continua em uma lateralização maior, com extremidades em 4.800 e 5.600 pontos, e em consolidação com extremidades em 5.080 e 5.300 pontos. Precisamos ver um rompimento concreto de uma dessas extremidades para ter uma definição de força e tendência. Por enquanto, segue sem sinais de rompimento.”

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