Ibovespa Futuro recua em linha com exterior à espera de fala de Powell

Após o índice a vista cair pela terceira vez seguida e atingir o menor nível desde 5 de agosto no pregão passado, o Ibovespa futuro opera em baixa nos primeiros negócios desta quarta-feira (28). Às 9h20 (horário de Brasília), o contrato para outubro caía 0,76%, aos 108.315 pontos

Os mercados globais vivem mais um dia de tensões em meio à ameaça de recessão global, enquanto aguardam por mais falas do presidente do Fed, Jerome Powell, e outros dirigentes do BC dos EUA.

Em Wall Street, os índices futuros operam em queda, com o Nasdaq, S&P 500 e o Dow Jones caindo, respectivamente, 1,11%, 0,67% e 0,46%.

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No câmbio, o dólar opera em alta após interromper a sequência de duas altas consecutivas na sessão anterior. O dólar comercial tinha alta de 0,77%, cotado a R$ 5,417 na compra e R$ 5,418 na venda. Já o dólar futuro para setembro tinha valorização de 0,51%, a R$ 5,412.

Com relação aos juros futuros a sessão também é positiva, após mais um dado de inflação. O índice de preços ao produtor (IPP) caiu 3,11% em agosto, maior queda do IPP na série histórica. DIF23 (janeiro para 2023), +0,01 pp, a 13,69%; DIF25, +0,08 pp a 11,66%; DIF27, +0,09 pp, a 11,62%; e DIF29, +0,07 pp, a 11,77%.

Exterior

Os mercados europeus recuam acentuadamente nesta quarta-feira, com os mercados globais sendo vendidos devido às preocupações econômicas em torno da inflação e das perspectivas de crescimento. O setor de saúde é o único setor no campo positivo, somando 0,7%.

Embaixadores da União Europeia (UE) serão informados hoje pela Comissão Europeia sobre um novo pacote de sanções contra a Rússia, disseram altos funcionários e diplomatas ao site Politico. A Comissão também vai propor um teto de preço para o petróleo russo.

Já a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, reforçou hoje o compromisso da autoridade monetária em subir juros “nos próximos vários encontros”, como parte dos esforços para conter a escalada da inflação na Zona do Euro.

Ásia

Os mercados asiáticos registraram queda generalizada na sessão de hoje, com as perdas lideradas pelo índice de Hong Kong depois que o S&P 500 estabeleceu uma nova mínima de 2022 durante a noite em Wall Street.

Já yuan chinês offshore e onshore atingiu os níveis mais fracos desde 2008 e a rupia indiana também marcou um recorde de baixa.

Do lado das commodities, após alta da véspera, os preços do minério de ferro na China voltaram a cair e fecharam abaixo dos US$ 100.

Tanto os contratos do petróleo tipo WTI quanto Brent operam em baixa nesta quarta-feira, repercutindo os cortes de produção dos EUA causados ​​pelo furacão Ian e a valorização do dólar.

Análise técnica de Ibov e dólar, por Pamela Semezatto, da Clear Corretora

IBOV: “Segue trabalhando na região de suporte da lateralização e sem reação compradora para voltar ao range anterior, mas também ainda sem confirmação do rompimento dessas mínimas anteriores. Caso consiga romper esse patamar, podemos esperar por teste nos próximos suportes: 105.000 e 101.000 pontos.”

DÓLAR: “Dia de ontem tentou ficou um pouco mais vendedor, mas os compradores mostraram força e o fechamento foi praticamente na máxima de ontem, o que demonstra força compradora. Se hoje romper a máxima de ontem, podemos esperar por teste na próxima resistência 5.480 e 5.600 pontos.”