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Após um fechamento em leve queda do Ibovespa, de 0,16%, em seu pregão regular, o contrato futuro do índice com vencimento em agosto acelerou fortemente as perdas no pós-mercado, em meio a notícias que surgiram após às 17h (horário de Brasília) que aumentaram a percepção de risco fiscal no mercado.
O Ibovespa futuro fechou em queda de 1,43%, a 100.825 pontos, às 18h (horário de Brasília). Já o dólar futuro com vencimento em julho fechou com forte avanço de 1,26%, a R$ 5,209. O dólar comercial fechou a sessão desta quarta com ganhos de 0,45%, na casa dos R$ 5,17.
Os motivos da forte piora foram notícias que saíram no pós-mercado de que o governo estuda elevar o voucher dos caminhoneiros para R$ 1.000, ante indicação anterior de um voucher de R$ 400 (que recebeu críticas do segmento). Ontem, um dos principais líderes da greve dos caminhoneiros de 2018, Wallace Landin, conhecido como “Chorão”, chamou o auxílio de R$ 400 de “esmola”.
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A Reuters aponta que, sob pressão para dar aval às medidas articuladas pelo Congresso e o Palácio do Planalto para criar o auxílio caminhoneiro e ampliar o vale gás a famílias de baixa renda neste ano eleitoral, o Ministério da Economia está avaliando o custo das iniciativas e trabalha para limitar o impacto aos cofres públicos.
Conforme destacaram fontes à Reuters, o plano prevê que os benefícios sejam incluídos na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que tramita no Legislativo para reduzir a tributação sobre combustíveis. As fontes ouvidas pelo jornal apontam que será criada uma exceção ao teto de gastos para que essas despesas não sejam contabilizadas na regra fiscal, ideia que anteriormente era combatida pela equipe econômica.
As fontes afirmaram que o formato final das medidas ainda não está definido. Uma delas acrescentou que o Ministério da Economia não cuidará da formulação dos benefícios e que a elaboração está sendo feita pelo Congresso.
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Uma das hipóteses mencionadas para o vale caminhoneiro, por exemplo, prevê um gasto de R$ 3 bilhões se o valor do benefício ficar em R$ 600 mensais. Outra fonte afirmou que o benefício de R$ 1.000 reais mensais caberia no Orçamento se fosse pago a 600 mil caminhoneiros, mas ponderam que essa não é uma hipótese colocada pela equipe econômica.
Uma das autoridades disse que o ministro da Economia, Paulo Guedes, havia estabelecido limites para a liberação desses recursos. Segundo essa pessoa, os tetos seriam de R$ 4 bilhões para os caminhoneiros e R$ 2 bilhões para o auxílio gás. Nesse caso, o custo total do pacote, somado aos cortes de tributos, ficaria em aproximadamente R$ 52 bilhões.
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