Ibovespa Futuro cai pressionado por dados da China e indefinição política; dólar sobe

Pré-market opera em baixa após dados chineses e em meio a expectativas sobre a equipe de Michel Temer

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro vira para queda nesta segunda-feira (9), enquanto as bolsas europeias e dos índices futuros dos Estados Unidos avançam com uma correção motivada pela alta do petróleo. Dados da balança comercial chinesa divulgados no fim de semana foram piores do que o esperado, com uma retração de 10,9% nas importações. Por aqui, as críticas ao vice-presidente Michel Temer crescem com o vaivém na formação da sua equipe. 

Às 9h42 (horário de Brasília), o contrato futuro do índice para junho tinha queda de 0,50%, a 52.095 pontos. Já o dólar futuro para o mesmo mês tinha alta de 0,54% a R$ 3,544. No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2017 avança 2 pontos-base a 13,70%, ao passo que o DI para janeiro de 2021 tem alta de 8 pontos-base a 12,66%. 

Entre as commodities, o minério de ferro spot com 62% de pureza e entrega no porto de Qingdao fechou em queda de 5,66% a US$ 54,99 a tonelada seca nesta segunda.

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O recuo do recuo de Temer
Criticado depois de dizer que talvez só pudesse cortar três ministérios após ter prometido reduzir o número de pastas de 33 para 20, o vice-presidente, Michel Temer, recuou do recuo e comunicou a aliados que irá mesmo fazer um corte substancial nos ministérios. O plano original de ter uma estrutura mais enxuta havia sido abandonado diante dos pleitos de partidos fisiológicos por cargos em troca de apoio no Congresso. Até mesmo aliados de Temer o acusaram de estar incorrendo nos mesmos erros da presidente Dilma Rousseff. 

Nas novidades sobre o ministério de Temer, o vice-presidente teria aceitado o deputado Ricardo Barros (PP-PR) como ministro da Saúde. Também se especula sobre o advogado Antônio Claudio Mariz de Oliveira no Ministério da Defesa, segundo informações do Estado de S. Paulo, e Marcos Pereira (PRB-SP) no Ministério da Ciência e Tecnologia. 

Relatório Focus
Também tinha algum peso por aqui o Relatório Focus, com a mediana das projeções de diversos economistas, casas de análise e instituições financeiras para os principais indicadores. No caso do PIB (Produto Interno Bruto), a projeção subiu de uma contração de 3,89% para uma menor, de 3,86%, sendo elevada para 2017 de um avanço de 0,40% para 0,50%. Já no caso do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é o medidor oficial de inflação utilizado pelo governo, as projeções são de que haja um avanço de 6,94% este ano, contra 7,00% projetados anteriormente. Para a Selic, os economistas esperam que a taxa termine 2016 em 13%, contra 13,25% esperados na semana passada. 

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Balança da China
As importações chinesas tiveram uma retração de 10,9% em abril na comparação anual. Pior do que o dado de março, que foi uma queda de 7,6% e do que a previsão dos economistas, que era de uma queda de 4%. Já as exportações caíram 1,8%, revertendo a alta de 11,5% em março e frustrando as projeções de estabilidade. Assim, a China teve superávit comercial em abril de US$ 45,56 bilhões.  

Cenário externo
As bolsas europeias e S&P futuro têm um dia de alta, com o FTSE em alta de 0,48%, o DAX subindo 1,82% e o CAC 40 em alta de 1,28%. 

Já as bolsas chinesas recuaram novamente com força nesta segunda-feira, atingindo mínimas de oito meses, com os investidores vendo as esperanças de uma forte recuperação econômica desaparecerem e preocupados com novas restrições regulatórias sobre a especulação. 

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Os dados do comércio da China de abril, divulgados no domingo, deram um banho de água fria nas esperanças dos investidores de uma recuperação econômica sustentada, com queda maior que a esperada tanto das importações quanto das exportações. Além disso, o dia foi de queda repercutindo o jornal People’s Daily, porta-voz do partido comunista, que alertou sobre dívida.

No restante do continente, os mercados não apresentaram direção comum, mas também foram pressionados pelos dados do comércio da China e pelo relatório de emprego dos Estados Unidos mais fraco que o esperado, o que levanta dúvidas sobre a força das maiores economias do mundo. 

O Ibovespa Futuro é um bom termômetro de como será o pregão, mas nem sempre prevê adequadamente movimentos na Bolsa a partir do sino de abertura.

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