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A sessão promete ser de baixa para o Ibovespa na volta do feriado de Tiradentes, que fez com que a Bolsa brasileira ficasse fechada na sessão da última quinta-feira (21).
Nesta sexta-feira (22), o contrato do índice futuro com vencimento em junho (INDM22) registrava baixa de 1,43%, a 114.160 pontos, às 9h08 (horário de Brasília). Já o contrato do dólar futuro para maio tinha alta de 1,80%, a R$ 4,718. O dólar comercial avança 1,81%, a R$ 4,703 na compra e R$ 4,704 na venda.
Já as taxas dos principais contratos de juros futuros registram alta. O contrato com vencimento em janeiro de 2023 tem alta de 4 pontos-base, a 13,07%, o de 2025 avança 11 pontos-base, a 12,14%, enquanto de 2027 sobe 13 pontos, a 11,90%. Já o de 2029 tem avanço de 14 pontos, a 12,02%.
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O grande vetor para a queda do mercado acionário é a fala da véspera de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, que apontou que um aumento de 0,5 ponto percentual nos juros estará “sobre a mesa” quando o Fed se reunir em maio, acrescentando que seria apropriado “agir um pouco mais rapidamente”.
Já autoridades do Banco Central Europeu afirmaram que o banco pode começar a elevar os juros da zona do euro já em julho, enquanto a autoridade do Banco da Inglaterra Catherine Mann disse que os custos de empréstimos provavelmente terão que aumentar mais. Os mercados monetários da zona do euro precificam agora alta de 0,25 ponto nos juros até julho.
Em meio às falas de Powell, as bolsas em Wall Street fecharam a última sessão em baixa, devolvendo os ganhos da manhã, com o S&P 500 em baixa de 1,48%, enquanto o Nasdaq perdeu 2,07% e o Dow Jones recuou 1,05%. A queda se estende, ainda que em menor intensidade, nos índices futuros nesta sexta, com Dow em baixa de 0,31%, S&P em queda de 0,19%, enquanto o Nasdaq opera perto da estabilidade.
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Isso fez com que o Dow Jones Brazil Titans 20 ADR, que reúne as principais empresas brasileiras listadas na B3 com recibos de ações negociados nos Estados Unidos, fechasse a última quinta em queda de 3,51%, a 20.347 pontos, enquanto o EWZ, principal ETF brasileiro negociado no mercado americano, que replica o índice MSCI Brazil, teve queda de 2,63%, a US$ 36,32.
Poucos ADRs tiveram ganhos na sessão da véspera, sendo que ativos como CSN (CSNA3), Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3;PETR4) foram destaque de baixa. A exceção ficou com os ativos da Azul (AZUL4), que fecharam em alta, como pode ser visto no quadro abaixo:
Confira o desempenho dos principais ADRs de empresas brasileiras na NYSE na quinta-feira (21), dia de Bolsa fechada no Brasil:
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Empresa | ADR | Preço (em US$) | Variação |
CSN | SID | 4,75 | -7,41% |
Cemig | CIG | 3,11 | -4,60% |
Vale | VALE | 17,65 | -4,34% |
Petrobras (equivalente às PNs) | PBR.A | 13,11 | -4,17% |
Sabesp | SBS | 9,82 | -3,91% |
Eletrobras | EBR.B | 8,84 | -3,91% |
Petrobras (equivalente às ONs) | PBR | 14,58 | -3,83% |
Bradesco | BBD | 4,01 | -3,84% |
Ultrapar | UGP | 3,01 | -3,68% |
Gerdau | GGB | 6,03 | -3,60% |
Pão de Açúcar | CBD | 4,87 | -3,37% |
Itaú Unibanco | ITUB | 5,42 | -3,21% |
Santander | BSBR | 7,42 | -2,88% |
TIM | TIMB | 14,25 | -2,46% |
Embraer | ERJ | 11,77 | -2,32% |
Ambev | ABEV | 3,11 | -2,20% |
BRF | BRFS | 3,19 | -1,85% |
Telefônica Brasil | VIV | 11,21 | -1,32% |
Gol | GOL | 7,02 | -0,99% |
Azul | AZUL | 16,1 | 2,74% |
A pressão sobre as commodities continua no radar dos mercados na sessão desta sexta.
O preço do minério de ferro na bolsa de Dalian fechou a sessão em queda, encerrando a semana com a primeira perda semanal em dois meses, já que preocupações com a fraqueza da demanda na China, maior produtora mundial de aço, superaram os riscos de oferta sinalizados pelas maiores mineradoras do mundo.
O contrato de minério de ferro mais negociado para setembro na bolsa de commodities de Dalian caiu 2,4%, para 881 iuanes (US$ 136,16) a tonelada, depois de atingir 876 iuanes no início da sessão, o menor nível desde 14 de abril. No acumulado da semana, o recuo foi de 2,6%.
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O petróleo caminha para uma perda semanal de cerca de 4%, com o brent em baixa de cerca de 1,5% nesta sessão, a US$ 106,64 o barril, em meio ao cenário de alta de juros nos EUA e preocupações com o crescimento na China e também com a economia global, mesmo quando a União Europeia considera uma proibição do petróleo russo que restringiria ainda mais a oferta.
Sobre o gigante asiático, o presidente do banco central da China prometeu nesta sexta-feira manter a política monetária expansionista para sustentar a economia em desaceleração, com medidas como ajuda a pequenas empresas e setores atingidos pelos surtos de Covid-19, reforçando expectativas de que adotará mais medidas modestas de afrouxamento.
Mas Yi Gang, presidente do Banco do Povo da China, também destacou a necessidade de manter a estabilidade de preços em meio à pressão inflacionária global.
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Noticiário político
No noticiário brasileiro, atenção para as notícias da política e sobre reajustes salariais. O presidente Jair Bolsonaro assinou na quinta decreto que dá indulto ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STJ) a oito anos e nove meses de prisão pelos crimes de tentativa de impedir o livre exercício dos Poderes e coação no curso do processo.
O anúncio do indulto foi feito por Bolsonaro por meio de live nas redes sociais. O decreto foi publicado logo após a transmissão, em edição extra do Diário Oficial da União. A medida tem potencial para abrir nova crise com a cúpula do Judiciário.
Já os jornais do dia destacam as pressões de servidores por reajustes, com possíveis reflexos para a política fiscal. Os Policiais Federais marcaram protesto para o dia 28, após se dizerem frustrados com propostas do governo. Funcionários da CVM aprovaram operação-padrão a partir de segunda-feira, com o objetivo de pressionar o governo federal por maior reajuste salarial. Já os funcionários do BCB suspenderam greve e dizem publicar o Boletim Focus às 8:30 de terça-feira (26), com datas-referência de 1º, 8, 15 e 22 de abril.
Paulo Guedes, ministro da Economia, afirmou em discurso ontem que conceder um aumento de 5% aos servidores é possível, mas será preciso fazer ajustes no orçamento. No entanto, continuam as pressões em diversas carreiras por maiores reajustes.
Guedes e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, seguem com agendas em Washington, onde participam das reuniões do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial.
(com Reuters)
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