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Ibovespa Futuro acompanha cautela externa e opera no vermelho

Decisões de juros e dados de inflação movimentam a semana no mercado

Felipe Moreira

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O Ibovespa Futuro opera com baixa nesta segunda-feira (11), em início de semana caracterizado pela cautela nos mercado antes das reuniões de política monetária de uma série de bancos centrais, incluindo Brasil e EUA, além de dados sobre a inflação norte-americana, que podem definir as expectativas do mercado sobre os próximos passos do Federal Reserve, em relação a cortes de juros no próximo ano.

Um relatório positivo de emprego nos EUA (payroll) já levou os investidores a reduzirem as expectativas para um corte pelo Federal Reserve (Fed) em março, embora as chances para maio permaneçam precificadas em 76%.

Os dados de preços ao consumidor nos EUA serão divulgados na terça-feira, e a expectativa para a reunião na quarta do Fed é de manutenção dos juros em 5,25% a 5,50%.

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Também na quarta-feira o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC divulga sua decisão, com ampla expectativa de novo corte de 0,5 ponto percentual na taxa Selic, a 11,75% ao ano.

Já a quinta-feira terá decisões do Banco Central Europeu e do Banco da Inglaterra, além dos bancos centrais da Noruega e da Suíça.

Na cena nacional, deve repercutir o anúncio do GPA (PCAR3) de que deu início aos trabalhos preliminares para uma potencial oferta primária de ações da companhia da ordem de R$ 1 bilhão, dentro do plano do varejista de otimização de sua estrutura de capital.

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Fica no radar ainda a convocação pelo Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) de uma paralisação de 24 horas a partir de quarta-feira para começar a discutir a entrega de cargos comissionados e a indicação de greve por tempo indeterminado, em meio a reivindicações de maior valorização da categoria.

Às 9h30, o índice futuro com vencimento em dezembro operava com queda de 0,46%, aos 126.670 pontos.

Em Wall Street, os índices futuros dos Estados Unidos operam com baixa, com investidores montando posições antes da divulgação da decisão de política monetária do Fed na quarta-feira.

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Embora os mercados monetários tenham precificado quase que totalmente uma pausa no aumento dos juros na próxima reunião, as apostas de um corte no próximo ano têm se estabelecido, com os operadores vendo uma chance de 43,7% de um corte de pelo menos 0,25 ponto percentual em março de 2024 e chance de 76,2% em maio, de acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group.

Nesta manhã, o Dow Jones Futuro caía 0,01%, S&P Futuro caía 0,06% e Nasdaq Futuro registrava queda de 0,18%.

Dólar hoje

O dólar comercial operava com alta de 0,23%, cotado a R$ 4,940 na compra e R$ 4,941 na venda, caminhando para terceira alta consecutiva perante o real.

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O dólar futuro (DOLF24) para janeiro caía 0,20%, indo aos 4,913 pontos.

Enquanto isso, DXY, índice que mede a força do dólar perante à uma cesta de moedas, opera com alta de 0,03%, a 104,04 pontos.

No mercado de juros, os contratos operavam com baixa. O DIF24 opera com baixa de 0,03 pp, a 11,76%; DIF27, -0,01 pp, a 10,10%; DIF28, -0,01 pp, a 10,36%; DIF31 -0,01 pp, a 10,78%.

Exterior

Os mercados europeus operam mistos, com investidores globais a aguardarem a reunião de política monetária desta semana do Federal Reserve e BCE.

O índice pan-europeu Stoxx 600 opera perto da estabilidade, com os serviços financeiros subindo 0,5% para liderar os ganhos, enquanto as mineradoras continuaram a sofrer, caindo 1,1%.

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam majoritariamente no campo positivo, com destaque para as ações da China, que inverteram o curso para subir nesta segunda-feira. Isso aconteceu após dados terem mostrado pressões deflacionárias persistentes, resultantes da fraca procura interna, o que empurrou para baixo o índice no início da sessão.

Os números da inflação de novembro na China mostraram um declínio mais rápido do que o esperado nos preços ao consumidor.

O índice de preços ao consumidor caiu 0,5% em termos anuais, mais do que a queda de 0,1% esperada pelos economistas consultados pela Reuters e a queda mais rápida desde novembro de 2020.

O índice de preços ao produtor caiu 3% em termos anuais, em comparação com a queda de 2,6% de outubro e as expectativas de uma queda de 2,8%. Também marcou o 14º mês consecutivo de queda do IPP e o mais rápido desde agosto.

As ações do Japão saltaram com as apostas crescentes de que o seu banco central poderá não aumentar as taxas de juros na próxima semana.

Commodities

Os preços do petróleo sobem, ampliando os ganhos da última sexta-feira, uma vez que os esforços dos EUA para reabastecer as reservas estratégicas forneceram algum apoio, embora persistissem as preocupações com o excesso de oferta de petróleo e o crescimento mais fraco da procura de combustível no próximo ano.

As cotações do minério de ferro na China fecharam em baixa devido ao sentimento pessimista dos investidores depois de dados decepcionantes no principal consumidor, a China, bem como à queda na demanda pelo principal ingrediente da produção de aço.

Os preços ao consumidor da China caíram em novembro, em termos mais rápidos em três anos, enquanto a deflação nas portas das fábricas se aprofundou, de acordo com dados do Gabinete Nacional de Estatísticas (DNE).

Isto indica uma pressão deflacionária crescente, uma vez que a fraca procura interna lança dúvidas sobre a recuperação econômica do país.

O minério de ferro de referência SZZFF4 de janeiro na Bolsa de Cingapura caiu 0,64 %, para US$ 134,65 a tonelada, às 07h00 GMT.

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