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Ibovespa fecha em queda de 0,14%, com investidores esperando Super Quarta; Dólar sobe 0,15%

Mercado aguarda a decisão dos bancos centrais brasileiro e norte americano bem como dados da inflação nos dois países

Vitor Azevedo

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O Ibovespa fechou em leve queda de 0,14% nesta segunda-feira (11), aos 126.916 pontos, em um pregão marcado pela cautela, com investidores aguardando a Super Quarta – quanto os bancos centrais brasileiro e americano tomam suas últimas decisões em relação à política monetária do ano.

“Os investidores iniciaram a semana com o modo defesa ativado, com o Ibovespa oscilando em uma estreita faixa, aparentemente no aguardo das últimas reuniões de política monetária por aqui (Copom) e nos EUA (Fomc), além dos encontros do BoE e BCE, com dados de inflação (CPI e IPCA) norte-americano e brasileiro no meio do caminho”, analisa Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.

“O mercado no dia de hoje trabalhou de forma mais lateral, se consolidando nessa região dos 126, 127 mil pontos. Essa semana é bastante importante com relação a divulgação de dados econômicos, com dados de inflação aqui no Brasil e nos Estados Unidos, e também com decisões de política monetária. É normal ver o mercado um pouco mais de lado”, acrescenta Thiago Lourenço, operador de renda variável da Manchester Investimentos.

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Além das decisões monetárias, especialistas também esperam as publicações do IPCA, o principal índice de inflação brasileiro, e do CPI, um dos principais índices dos EUA, ambas marcadas para essa terça-feira.

Ao mesmo tempo em que monitoram a questão dos juros, o mercado também aguarda, agora, sinais de como está a saúde da economia norte-americana – sendo que dados mais fracos podem ser sentidos também nos resultados das empresas.

“Expectativas de que talvez a economia americana desacelere mais rapidamente do que vinha apresentando até então também colocam um pouco em xeque a questão do soft landing. Ao mesmo tempo que a gente vê a expectativa praticamente certa de que o FED não fará mais nenhum aumento das taxas de juros, mesmo com os dados recentes de geração de emprego, que vieram ligeiramente acima da estimativa”, diz Lourenço.

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Hoje, os treasuries yields fecharam estáveis. Os para dez anos ficaram parados, a 4,241%, e os para dois, a 4,718%.

No Brasil, os movimentos dos DIs também foram de pouca amplitude. As taxas dos contratos para 2024 perderam 3,4 pontos-base, a 11,75%, e as dos para 2025, 2,5 pontos, a 10,32%. Os DIs para 2027 recuaram 1,5 ponto-base, a 10,09%, e os para 2029, um ponto, a 10,54%. Os contratos para 2031 ganharam três pontos, a 10,82%.

“As varejistas refletiram a maior cautela dos investidores, com aumento dos yields dos treasuries e do dólar e espera pelas decisões de política monetária. Como são ativos muito sensíveis aos juros, eventos que podem influenciar a variável tendem a exercer maior peso sobre o setor”, reforça Nishimura.

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Entre as maiores quedas do Ibovespa ficaram as ações ordinárias da Petz (PETZ3), as da Ydqus (YDUQ3) e as da Cogna (COGN3) – todas com, aproximadamente, menos 3%.

O dólar, por fim, subiu 0,15%, a R$ 4,936 na compra e a R$ 4,937 na venda. O câmbio acompanhou o que foi visto no exterior, sendo que o DXY, que mede a força da divisa dos EUA frente outras de países desenvolvidos, subiu 0,08%.