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Ibovespa fecha em leve queda de 0,13%, seguindo cautela no exterior; Dólar cai 0,14%

Investidores aguardam publicação do CPI, marcada para esta terça-feira, que deve pesar nas próximas decisões do Federal Reserve

Vitor Azevedo

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O Ibovespa fechou em leve queda de 0,13% nesta segunda-feira (13), aos 120.410 pontos, seguindo o exterior em um dia sem um direcionamento muito forte – e com investidores cautelosos, esperando a publicação da inflação norte-americana, marcada para amanhã às 10h30, que pode impactar as próximas decisões do Federal Reserve.

Em Nova York, enquanto o Dow Jones subiu 0,16%, S&P 500 e Nasdaq caíram, respectivamente, 0,08% e 0,22%.

“Lá fora houve os primeiros impactos da notícia da mudança de perspectiva do rating dos Estados Unidos. Uma das agências de classificação de risco de crédito colocou em revisão a nota de crédito soberana do país. As curvas de juros amanheceram abrindo lá fora, só que, em algum ponto no meio do dia, as taxas dos treasuries começaram a fechar”, explica Larissa Quaresma analista da Empiricus Research.

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A analista se refere à notícia de que a Moody’s cortou a perspectiva para rating dos EUA de estável para negativa, que saiu na sexta-feira após o fechamento dos pregões.

Os treasuries, por lá, acabaram fechando próximos da estabilidade. O de vencimento para dez anos ficou imóvel, em 4,63%, e o para dois chegou a perder 3,1 pontos-base, a 5,028%. O dólar teve queda no exterior, com o DXY, que mede a força da divisa americana frente a outras de países desenvolvidos, caiu 0,21%, aos 105,64 pontos. Frente ao real o recuo foi de 0,14%, a R$ 4,907 na compra e a R$ 4,908 na venda.

“Ibovespa recua em dia com poucas movimentações no mercado, tanto aqui quanto lá fora, as bolsas operam próximo da estabilidade com uma agenda econômica vazia. Lá fora o mercado aguarda o CPI [índice de preços ao consumidor, na sigla em inglês] nos EUA que sai amanhã, portanto os investidores devem esperar esse dado antes de tomar maiores decisões”, acrescenta André Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital.

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No Brasil, a curva de juros também fechou mista. Os DIs para 2025 ganharam 1,5 ponto-percentual, a 10,75%, e os para 2027, 3,5 pontos, a 10,65%. As taxas dos contratos para 2029 e 2031 ganharam três e dois pontos, a 11,02% e 11,21%, mas as dos para 2032 perderam dois pontos, a 11,21%.

“A curva de juros respondeu mais pelo comportamento dos yields, enquanto o dólar também acompanhou a dinâmica externa”, debate Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.

Entre as maiores quedas do Ibovespa, ficaram as ações da B3 (B3SA3), com baixa de 4,09% após o BTG Pactual cortar a sua recomendação para neutra. Companhias ligadas ao mercado interno também figuraram entre os principais recuos, com Magazine Luiza (MGLU3) perdendo 3,89% e CVC (CVCB3), 3,62%. Magalu divulga seus números trimestrais nesta segunda.

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Do outro lado do índice, entre as maiores altas, ficaram companhias ligadas à exportação de commodities, que se beneficiaram do avanço dos preços. O barril de petróleo Brent subiu 1,62%, a US$ 82,75, e o minério negociado em Dalian, na China, 1,68%, a 966,5 iuanes, ou US$ 132,46.

O petróleo foi impulsionado pela visão otimista da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) sobre a demanda global deste ano. O cartel elevou em 100 mil barris por dia (bpd) sua previsão de alta na demanda global por petróleo em 2023, para 2,5 milhões. Já o minério surfa no otimismo em relação aos estímulos relacionados ao setor imobiliário chinês e aos fundamentos favoráveis.

As ações ordinárias e preferenciais da Petrobras (PETR3;PETR4) ganharam 2,24% e 2,79%, na sequência.

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