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O Ibovespa conseguiu terminar o primeiro pregão da semana no terreno positivo, depois de mais uma sessão de forte volatilidade. O mercado repercutiu alternativas de texto para a PEC da Transição, mostrando que o gasto do futuro governo pode ser menor e ainda assim atender a grande parte das promessas feitas em campanha.
Para os economistas consultados semanalmente pelo banco central, as perspectivas para a economia voltaram a se deteriorar. O boletim Focus desta segunda-feira indicou mais um aumento nas perspectivas de inflação e juros para 2023.
Para Marcos Olmos, sócio da VOX Capital, o boletim refletiu a atual narrativa “truncada” sobre disciplina fiscal.
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“Nossos resultados de exportações continuam fortes, mas uma esperada redução da atividade econômica global – não por menos, diante do cenário pessimista nos Estados Unidos – poderá derrubar preços de ativos locais ainda mais”, disse ele.
O Ibovespa fechou em alta de 0,81%, aos 109.748 pontos. O giro financeiro desta segunda-feira foi de R$ 37,2 bilhões.
Ações de peso da carteira impediram uma alta mais expressiva do índice. Os casos de Covid-19 na China aumentaram e há registro de mortos pela doença pela primeira vez em meses.
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“Há um impacto negativo sobre os mercados, em particular o de commodities, que vinham num período de alta – afetando também os papéis locais do setor”, afirma Olmos.
Vale (VALE3) fechou em baixa de 1,13%. Petrobras (PETR3;PETR4) ainda conseguiu terminar o dia com leve alta, driblando mais uma sessão de perdas para o petróleo no mercado internacional.
Falando em estatais, o mercado deixou claro o seu apreço por privatizações dessas empresas. Copel (CPLE6) foi a maior alta do Ibovespa com folga depois que a companhia informou sobre o interesse do governo do Paraná em diluir sua participação na companhia. Cemig (CMIG4) fechou entre as maiores altas do índice – e a valorização também foi vista em Sabesp (SBSP3) e Sanepar (SAPR3).
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Na ponta contrária, empresas exportadores de papel e celulose. Klabin (KLBN11) e Suzano (SUZB3) lideraram as perdas do Ibovespa neste início de semana. O câmbio também contribuiu com esse cenário.
O dólar recuou diante do real, na contramão da valorização da moeda norte-americana frente a moedas mais fortes pelo mundo. O índice dólar, DXY, subiu 0,83%. O dólar comercial, por sua vez, recuou 1,2%, para R$ 5,310 na compra e R$ 5,311 na venda.
No mercado de juros futuros, os contratos de maior liquidez cederam entre 15 e 30 pontos-base na sessão de hoje.
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Nos Estados Unidos, a semana também começou com uma sessão volátil e Bolsas em baixa no final do dia. Os temores sobre o impacto global da nova onda de Covid na China voltaram a abater os índices.
O Dow Jones caiu 0,13%. aos 33.700 pontos; o S&P 500 recuou 0,39%, aos 3.949 pontos; e a Nasdaq fechou em queda de 1,09%, aos 11.024 pontos.
“Ainda não se pode dizer a extensão do impacto potencial da alta de casos de Covid, mas é prudente se preparar para mais pessimismo até o final do ano. Com volumes tipicamente reduzidos nesta época, alguns movimentos podem ter impacto desproporcional nos mercados, gerando volatilidade adicional”, conclui Olmos, da VOX Capital.
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