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Ibovespa encerra sessão com alta de 1,69% e retoma os 115 mil pontos, puxado por bom humor após Fed e à espera do Copom

Decisão de rumo da política monetária nos EUA pelo FOMC deu o tom positivo aos mercados nesta quarta

Camille Bocanegra

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Novembro começou animado para o mercado brasileiro. O Ibovespa fechou a sessão desta quarta-feira (1) com com alta de 1,69%, aos 115.052,96 pontos, puxado pelo sentimento positivo que reverberou no mercado com a decisão de juros do FOMC (comitê de política monetária do Federal Reserve).

A grande notícia do dia, que impactou positivamente os mercados lá fora e o nosso índice doméstico, foi a decisão de taxa de juros nos EUA pelo FOMC. A manutenção dos juros em 5%-5,25% já era esperada, enquanto o comunicado que acompanhou a decisão foi considerado positivo ao apontar que uma eventual alta nos juros levará em consideração o efeito acumulado da política monetária.

O BC americano reconheceu a força da economia dos Estados Unidos, mas também chamou a atenção para condições financeiras mais restritivas.

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Em Wall Street, os principais índices fecharam em alta com o bom humor do mercado após a decisão do FOMC e também após as declarações de Jerome Powell.

Powell afirmou que a autoridade monetária vai atuar “com cautela” frente às incertezas atuais e considerando o quanto os juros já foram elevados no país. O efeito total do aperto monetário já adotado ainda será sentido, de acordo com ele.

“A orientação da política é restritiva, o que significa que exerce pressão na economia e na inflação e os efeitos totais do aperto ainda não foram sentidos”, disse Powell, em coletiva de imprensa.

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No mercado de Treasuries, os retornos dos títulos deram trégua após a decisão do FOMC. O rendimento do título de dez anos desceu 11,4 pontos-base (pb), a 4,761%, enquanto o título com vencimento de 2 anos teve queda de 11,5 pb em seus rendimentos, a 4,956% e com vencimento de 5 anos desceu 1,4 pb em seus retornos, 4,676%. “A gente já deve começar a ver alguma desaceleração que também vai ser muito importante para tirar pressão desses títulos”, comentou Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.

O dólar encerrou o dia com queda 1,36%, cotado a R$ 4,973 na venda e na compra. A divisa norte-americana foi na contramão e avançou na comparação com as principais moedas do mundo, com o DXY em leve alta de 0,04%.

Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta quarta-feira, em uma sessão volátil na qual os desdobramentos da guerra no Oriente Médio chegaram a impulsionar os preços. Além disso, a pressão de perspectivas macroeconômicas globais e a informação de altos estoques nos EUA também baixaram os preços.

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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em queda de 0,71% (US$ 0,58), a 80,44 o barril. Enquanto isso, o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 0,46% (US$ 0,39), a US$ 84,63.

Por aqui, os juros encerram o dia em queda, reagindo à decisão do FOMC e as expectativas de corte de juros no Brasil mais tarde. “As taxas de contratos dos juros futuros operavam em baixa nesta quarta-feira, em linha com o recuo do rendimento das Treasuries americanas longas. O humor dos investidores reflete os dados fracos de emprego nos Estados Unidos, puxando também a queda dos DIs brasileiro”, explicou Luiz Felipe Bazzo, CEO do transferbank.

O Relatório Nacional de Emprego da ADP mostrou que foram abertas 113 mil vagas de empregos em outubro no setor privado, ante 89.000 empregos adicionados em setembro. Apesar da aceleração na margem, economistas consultados pela Reuters previam a criação de 150 mil postos de trabalho em outubro.

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Os números do ADP contribuíram para uma percepção mais positiva sobre o controle da inflação nos EUA, o que pesou sobre os yields e sobre o dólar.

A taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 10,97%, ante 11,09% do ajuste anterior, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 10,86%, ante 11,05% do ajuste anterior.

Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2027 estava em 11,03%, ante 11,26%, enquanto a taxa para janeiro de 2028 estava em 11,40%, ante 11,63%.

“No cenário local, o Ibovespa seguiu em alta, impulsionado pelas ações ligadas a commodities e indicadores no Brasil e nos Estados Unidos. Investidores operavam com cautela mais cedo à espera de decisões de juros do Comitê de Política Monetária (Copom), e do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), do Federal Reserve”, considerou Bazzo. Ao longo da sessão, a cautela se transformou em bom humor, pela decisão e por boas reações à resultados divulgados na noite de ontem.

Entre as maiores altas do dia, estiveram Locaweb (LWSA3), com avanço de 10,29%, cotada a R$ 6,00 e CVC (CVCB3), com alta de 8,73%, a R$ 2,99.

(com Reuters)

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