Ibovespa emplaca segunda alta consecutiva e retoma os 113 mil pontos; dólar fecha em R$ 5,03

Juros futuros, por sua vez, recuaram mesmo com a perspectiva de aperto monetário mais longo no Brasil, após a decisão de ontem do Copom

Mitchel Diniz Felipe Moreira

(Getty)
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A Bolsa brasileira subiu impulsionada pelos preços do minério e do petróleo, mesmo com a Petrobras operando no vermelho em meio às pressões políticas recentes para que a estatal reduza os preços dos combustíveis. O petróleo voltou a subir forte hoje no mercado internacional em em meio a impasses nas negociações entre Rússia e Ucrânia e o aumento de tom nos discursos das autoridades internacionais. Cinco países acusam Putin de cometer crime de guerra.

Aqui no Brasil, Governo quer tirar o general Joaquim Silva e Luna do conselho da Petrobras (PETR3; PETR4) na próxima assembleia de acionistas, segundo a colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo. Se isso acontecer, ele estaria automaticamente destituído do cargo de presidente da estatal, já que, quem assume essa posição, também precisa ser conselheiro da empresa.

O Ibovespa fechou em alta de 1,77%, aos 113.076 pontos, após oscilar entre 111.070 e 113.087 pontos. O volume financeiro foi de R$ 36,1 bilhões.

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Os destaques positivos ficaram com os papéis da Petrorio (PRIO3), que subiram 8,16%, seguidas pela CSN (CSNA3) e Magazine Luiza (MGLU3), com ganhos de 7,95% e 7,99%, respectivamente.

As ações da Petrorio dispararam impulsionadas pela alta do petróleo, enquanto, os papéis de mineradoras e siderúrgicas sobem com o avanço do minério de ferro.

Os destaques negativos ficaram com MRV (MRVE3) e Yduqs (YDUQ3), que recuaram, respectivamente, 4,61% e 3,60%, seguidas pela Petrobras (PETR4), com baixa 2,66%.

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As ações da Yduqs fecharam entre as maiores baixas pelo segundo dia consecutivo e seguem repercutindo negativamente os resultados fracos do 4T21 e da renúncia de seu CFO.

De acordo com analistas da Ativa Investimentos, as ações da MRV fecharam no vermelho após as margens do último resultado ficarem abaixo do esperado pelo mercado e com a pressão da queda do dólar.

A moedsa americana fechou próxima das mínimas, com forte entrada de capital estrangeiro na bolsa. O dólar à vista recuou 1,16%, a R$ 5,034, após oscilar entre R$ 5,030 e R$ 5,107.

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No aftermarket, às 17h10, a curva de juros recua em bloco: DIF23, -1,19 pp, a 12,92%; DIF25, -0,65 pp, a 12,31%; DIF27, -0,21 pp, a 12,14%; DIF29, – 0,00 pp, a 12,28%.

Em Wall Street, as ações subiram pelo terceiro dia consecutivo, com os investidores digerindo as últimas notícias da Ucrânia e se sentindo confortáveis ​​com o resultado da reunião do Fed.

O Federal Reserve elevou ontem (16) sua taxa básica de juros pela primeira vez desde 2018 e sinalizou mais seis aumentos este ano, estimulando um rali de alívio nas ações.

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O Kremlin supostamente descartou as notícias de progresso nas negociações de paz Ucrânia-Rússia. O Financial Times havia informado na quarta-feira que ambos os países fizeram “progressos significativos” em um plano de paz e na retirada russa da Ucrânia.

O índice Dow Jones fechou em alta de 1,22%, aos 34.479 pontos. O S&P 500 subiu 1,23%, aos 4.411 pontos, enquanto o Nasdaq avançou 1,33%, aos 13.614 pontos.

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados