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O Ibovespa fechou em queda de 0,48% nesta segunda-feira (13), aos 103.121 pontos, em um dia marcado pela volatilidade e pela cautela de investidores, após a falência do Silicon Valley Bank (SVB) nos Estados Unidos.
Em Nova York, Dow Jones e S&P 500 recuaram, respectivamente, 0,28% e 0,15%. O Nasdaq, contudo, avançou 0,45%.
“A terceira semana do mês de março começou com os mercados agitados tanto nos EUA quanto na Europa. O sinal de alerta foi ligado com a falência do SVB nos Estados Unidos, a maior falência de uma instituição financeira nos Estados Unidos desde a crise de 2008, que ganhou proporções ao longo do final de semana. Até agora, dois outros bancos também foram fechados pela autoridade reguladora”, comenta Alvaro Feris, especialista da Rico Investimentos.
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O VIX, considerado o “índice do medo”, fechou em seu terceiro pregão consecutivo de alta relevante, com mais 6,98%, aos 26,54 pontos. Durante o dia, ele chegou a superar os 30 pontos, o que, para os especialistas, sinaliza uma “extrema volatilidade”.
“Um possível respiro veio com o anúncio do Federal Reserve (Banco Central americano) e do governo americano de que todos os depósitos de clientes de bancos em intervenção serão cobertos e de que será criada uma linha de crédito com base em garantias de ativos líquidos, mas marcados a valor de face – ou seja, eliminando o efeito de marcação a mercado”, completa o especialista da Rico.
Além disso, o fortalecimento da tese de que o Fed irá ser mais brando em sua política de juros, para evitar a criação de maiores riscos ao sistema bancário americano, também ajudou o mercado. Os treasuries yields para dez anos, então, perderam 15 pontos-base, a 3,545%, e os para dois anos, recuaram 59,1 pontos, a 4,001% (na maior queda desde 2008).
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O dólar, com isso, perdeu força mundialmente. O DXY, índice que mede a força da divisa frente a outras de países desenvolvidos, caiu 0,91%, aos 103,63 pontos. Frente ao real, porém, a moeda americana ganhou 1,16%, a R$ 5,268 na compra e a R$ 5,269 na venda.
Felipe Cima, operador de renda variável da Manchester Investimentos, pontua que a movimentação da moeda brasileira pode ser explicada por um movimento de risk off – com investidores diminuindo suas exposições a países emergentes, usualmente mais afetados por crises mundiais.
No Brasil, as maiores quedas do Ibovespa foram de companhias exportadoras de commodities, muito dependentes do crescimento econômico do mundo. As ações ordinárias da São Martinho (SMTO3) caíram 5,81%, as da 3R Petroleum (RRRP3), 5,40%, e as da PRIO (PRIO3), 4,34%. As ordinárias da CSN (CSNA3) tiveram baixa de 3,40% e as ordinárias e preferenciais da Petrobras (PETR3;PETR4), 3,17% e 3,16%.
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Do outro lado, entre as altas, ficaram companhias mais ligadas à curva de juros brasileira, que acompanhou, em parte, a americana.
“Mercado americano se recupera com isso, com perspectiva de que os juros irão cair, o que na minha percepção, por enquanto, é algo descabido. Olhando para o Brasil, nós acompanhamos um pouco a tendência, mas também temos as expectativas em relação ao arcabouço fiscal. É o grande tema da semana do ponto de vista doméstico”, expõe Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu em evento realizado pelos jornais O Globo e Valor Econômico que o novo arcabouço fiscal é consistente. Além disso minimizou resistências, falando em aprovar reforma tributária até outubro.
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Às 17h20, no pós-mercado, os DIs para 2024 perdem 17 pontos-base, a 12,99%, e os para 2025, 23,5 pontos, a 12,14%. Os DIs para 2027 estão a uma taxa de 12,46%, com menos 19 pontos, e os para 2029, a 12,86%, com menos 20 pontos. Os DIs para 2031 recuam 22 pontos, a 13,05%.
As maiores altas do Ibovespa ficaram para as ações ordinárias do Magazine Luiza (MGLU3), com mais 12,09%, para a as da Via (VIIA3), com mais 9,41% e para as da MRV (MRVE3), com mais 7,31%.
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