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O Ibovespa fechou com queda de 0,33% nesta segunda-feira (23), aos 112.784,52 pontos. O índice passou toda a sessão próximo aos 113 mil pontos mas não conseguiu segurar a marca. Na máxima do dia, chegou a 113.679,63, em sessão marcada pela queda de mais de 6% da Petrobras (PETR4).
“Alívio das tensões no Oriente Médio, sem conflitos por terra, está gerando um movimento de queda do petróleo, queda dos juros americanos e enfraquecimento do dólar perante outras divisas”, considerou Leandro Petrokas, diretor de research e sócio da Quantzed, sobre o cenário exterior.
Apesar do risco de conflito por terra não ter se concretizado hoje, o posicionamento de representantes nos EUA gera ainda temores sobre a incerteza causada pela guerra.
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“Apesar do alívio nas taxas de juros nos EUA, em meio a teses de que os juros já fizeram topo no curto prazo, não foi suficiente para manter os ativos de risco globais no positivo, que sentiram as declarações de autoridades americanas sobre riscos de escalada do conflito no Oriente Médio”, explica Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos.
Em Wall Street, os principais índices fecharam mistos. Os Treasury yields bateram as máximas no início da sessão, mas recuaram ao longo do dia e encerram o dia em baixa. Na semana, os investidores ainda olham para os balanços corporativos de big techs e para importantes dados econômicos.
“No exterior, as taxas de juros das Treasuries (títulos do tesouro americano) tiveram mais um dia de grande volatilidade — em meio a expectativas de que o Federal Reserve mantenha juros mais altos por mais tempo no país e de que o governo americano aumente venda de títulos para cobrir déficit. No começo do dia, a taxa da Treasury de 10 anos avançou para o patamar de 5% pela primeira vez desde 2007”, explicou Júlia Aquino, analista de ações da Rico, sendo que o movimento posterior foi de queda das taxas.
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No mercado de Treasuries, o título de dez anos caiu 7,4 pontos-base (pb), a 4,85%, enquanto o título com vencimento de 2 anos teve queda de 1,7 pb em seus rendimentos, a 5,065% e com vencimento de 5 anos subiu 6 pb em seus retornos, 4,802%.
O dólar encerrou o dia em queda de 0,29%, cotado a R$ 5,016 na compra e R$ 5,017 na venda. A moeda norte-americana também ficou em queda na comparação com as principais moedas do mundo, com o DXY com menos 0,51%.
No mercado de commodities, o petróleo fechou em queda de mais de 2% nesta segunda-feira, 23, diante de sinais de que uma escalada do conflito no Oriente Médio pode não ocorrer neste momento, o que diminui temores de estrangulamento na produção da commodity.
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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em queda de 2,94% (US$ 2,59), a US$ 85,49 o barril, enquanto o Brent para o mesmo mês negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em baixa de 2,53% (US$ 2,33), a US$ 89,83 o barril.
Por aqui, os juros caíram em todos os contratos. “Na ponta curta, no entanto, os investidores sentiram o tom hawkish de Campos Neto, que ressaltou as incertezas em torno da queda na inflação nos próximos meses, levando à estabilidade das taxas curtas na curva de DI futuro”, destaca Borsoi.
A taxa do DI para janeiro de 2024 ficou estável em 12,13%, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 11,05%, ante 11,08% do ajuste anterior e a taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 10,98%, ante 11,05% do ajuste anterior.
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Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2027 estava em 11,16%, ante 11,23%, enquanto a taxa para janeiro de 2028 estava em 11,41%, ante 11,51%.
O destaque do dia, sem dúvidas, foi a brusca queda da Petrobras, que liderou as baixas com perda de 6,61% nas ações preferenciais (PETR4), a R$ 35,35 e 6,03% nas ordinárias (PETR3), a R$ 38,35. “Na minha visão, o que impacta a ação é comunicado da empresa sobre mudanças na indicação de gestores e criação de reserva de remuneração de capital que não soou nada bem aos ouvidos dos investidores. Com isso, me parece haver uma certa cautela do mercado se haverá interferências políticas na gestão da companhia”, destaca Leandro Petrokas, diretor de research e sócio da Quantzed, casa de análise e empresa de tecnologia e educação para investidores
Entre as maiores altas do dia, estão Méliuz ([ativo=CASH3)], com avanço de 9,33%, cotada a R$ 7,03 e CVC (CVCB3) que subiu 9,20%, a R$ 2,73.
(com Reuters)
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