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Ibovespa avança 1,14%, com exterior e empresas de commodities; dólar cai abaixo de R$ 5,20

Recuo de juros nos Estados Unidos e perspectiva de estímulos na China impulsionam índice brasileiro

Vitor Azevedo

(Getty Images)
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O Ibovespa fechou em alta de 1,14% nesta quinta-feira (28), aos 102.596 pontos. O principal índice da Bolsa brasileira, em parte, acompanhou o que foi visto nos Estados Unidos, mas também foi impulsionado pelas companhias de commodities.

Em Nova York, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq subiram, respectivamente, 1,03%, 1,21% e 1,08%.

Por lá, os mercados reagiram à divulgação de que o Produto Interno Bruto americano (PIB) recuou 0,9% no segundo trimestre, ante consenso de alta de 0,5%.

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“O PIB americano veio bem abaixo das expectativas, reforçando um risco de recessão na economia americana”, comenta Leandro Petrokas, diretor de research da Quantzed.

Apesar disso, investidores, posteriormente, interpretaram que a economia mais fraca pode sinalizar que menos apertos monetários serão necessários – o que foi reforçado pela publicação de outros dados macroeconômicos.

“Saiu a prévia de inflação americana de julho, do PCE, que mostrou que não houve grande aumento dos preços. Isso corrobora com o que Federal Reserve disse ontem, que não vê necessidade de altas mais agressivas de juros”, explica Andre Luzbel, head de renda variável da SVN Investimentos.

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Os yields dos títulos do tesouro americano com vencimento em dez anos recuaram seis pontos-base, para 2,672%, no menor nível desde abril. Os títulos com vencimento em dois anos tiveram suas taxas recuando 9,7 pontos, para 2,875%.

No Brasil, a curva de juros também teve forte queda. Os DIs para 2023 tiveram seus rendimentos caindo quatro pontos-base, para 13,83%, e os para 2025, 22 pontos, para 12,82%. Os DIs para 2027 viram seus yields caindo 19 pontos, para 12,76%. No final da curva, as taxas dos contratos para 2029 e 2031 caíram, respectivamente, 20 e 19 pontos, para 12,89% e 12,97%.

Além da melhora global, a curva brasileira também foi impulsionada por fatores internos. “É destaque a antecipação de dividendos pela Petrobras (PETR3;PETR4) já em agosto, que corrobora com a tese de que o governo está levantando dinheiro de forma menos agressiva. Isso dá um alivio nas contas públicas”, contextualiza Luzbel. “Tivemos ainda superávit primário de R$ 14,43 bilhões no mês passado. Tudo isso passa a imagem de que o país está bem, financeiramente falando”.

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Petrokas, além disso, aponta também para o fato de a publicação do Caged, que trouxe a criação de 277,9 mil empregos em junho, acima do consenso de 240 mil.

O real foi melhor do que a maioria das moedas internacionais. O dólar comercial caiu 1,67%, a R$ 5,163 na compra e na venda. O DXY, que mede a força da moeda americana frente a outras divisas mundiais, caiu apenas 0,21%.

A moeda brasileira se fortaleceu, por fim, também em parte por conta da alta das commodities, que foram impulsionadas, principalmente, por novas promessas de estímulos na China. O minério subiu 6,87% no porto de Qingdao, a US$ 119,74.

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As ações ordinárias da CSN (CSNA3) e da CSN Mineração (CMIN3) subiram, na sequência, 1,02% e 2,91%. As preferenciais do tipo A da Usiminas (USIM5) avançaram 1,80%. Os papéis ordinários e preferenciais da Petrobras (PETR3;PETR4) também foram destaques, com altas de 2,12% e 3%, após a publicação dos dividendos.

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