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Ibovespa avança 0,40% com sinais de avanço da reforma tributária; dólar sobe 0,20%, a R$ 4,85

Sinalizações de Lira e de Haddad sobre mudanças no sistema de tributação foram vistas como positivas para os ativos de risco

Vitor Azevedo

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O Ibovespa fechou em alta de 0,40% nesta quarta-feira (5), aos 119.549 pontos, destoando do que foi visto no exterior; na máxima do dia, o índice chegou a alcançar os 120 mil pontos (120.199 pontos na máxima do dia), mas não sustentou o patamar. O destaque no pregão ficou para os avanços da discussão sobre a reforma tributária em Brasília.

“O presidente da Câmara, Arthur Lira, deseja que o texto seja votado até sexta-feira, pois entende a nova legislação como ‘necessária para que o país avance'”, explica Vanessa Naissinger, especialista de investimentos da Rico. “Já no início do dia, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que o governo está trabalhando para angariar votos a favor, mas enfrenta oposição que deseja adiar a votação para implementar alterações no texto”.

Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos, vai no mesmo sentido, afirmando que a pauta tributária é importante para a tomada de risco.

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Apesar dos avanços no tema, a curva de juros brasileira fechou em alta, após sucessivas quedas nos últimos dias. Os DIs para 2024 ganharam dois pontos-base, a 12,82%, e os para 2025, quatro pontos, a 10,77%. As taxas dos contratos para 2027 e 2029 subiram, respectivamente, 10,5 e 14 pontos, a 10,22%e 10,59%. Os DIs para 2031 foram a 10,77%, com mais 13 pontos.

Entre as maiores altas do Ibovespa, no entanto, ficaram diversas companhias ligadas ao mercado interno. As ações ordinárias da MRV (MRVE3) subiram 6,6%, as da Arezzo ([ativo=ARRZ3]), 5,39% e as da Cyrela (CYRE3), 2,53%.

“A discrepância entre a performance do SMALL e do IBOV hoje deixa bastante claro que há uma rotação, com investidores migrando para ativos e companhias que ainda possuem espaço para surfar uma melhora do ciclo local, bem como uma consequente descompressão de múltiplos”, fala Eduardo Rahal, analista chefe da Levante Corp.

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Nos Estados Unidos, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq caíram 0,38%, 0,20% e 0,18%, com peso da ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês). Apesar de sem surpresas, o documento manteve um tom mais duro de aperto monetário.

“A divulgação da ata do Fomc reforçou o que já havia sido falado anteriormente em relação è necessidade de novos aumentos de juros nos EUA. Apesar da manutenção de juros na reunião anterior, os membros comentaram que a inflação segue persistente e que podem sim ser esperadas novas altas para conter a inflação”, explica Ricardo Brasil, fundador da Gava Investimento.

“Documento trouxe mais clareza que as expectativas de juros dos membros estão consideravelmente mais altas do que aquilo imaginado no começo. Há espaço para novos aumentos ainda que em menor magnitude”, avalia Gabriel Costa, analista da Toro Investimentos.

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Os treasuries yields para dez anos ganharam 7,4 pontos-base, a 3,932%. O DXY, que mede a força do dólar frente a outras divisas de países desenvolvidos, subiu 0,32%, aos 103,37 pontos. Frente ao real, a alta foi de 0,20%, a R$ 4,85 na compra e na venda.

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