Ibovespa acentua perdas depois de abertura da bolsa norte-americana

Com agenda repleta de indicadores econômicos, mercado ganha força e passa para campo positivo nesta tarde, na esteira das principais bolsas internacionais

Paula Barra

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SÃO PAULO – Em sessão marcada por forte volatilidade, o Ibovespa não encontra uma trajetória clara, na esteira das principais bolsas internacionais. Às 13h50 (horário de Brasília), o índice registrava perdas de 0,59% aos 56.116 pontos – definindo-se pelo campo negativo após a abertura da bolsa norte-americana. 

Como o mercado ficou fechado na terça-feira, por conta do feriado do Dia Nacional da Consciência Negra, os investidores precificam o noticiário internacional. Cabe destacar que o desempenho positivo contraria o fechamento em leve queda do índice de ADRs (American Depositary Receipts) brasileiros negociados na Nyse (New York Stock Exchange) na terça-feira. 

Destaques corporativos
Ganha destaque nessa sessão a Eletrobras (ELET3; ELET6), cujas ações ordinárias despencam 14,11%, aos R$ 6,88, e as preferenciais recuam 13,46%, aos R$ 8,49 – figurando entre as maiores quedas do Ibovespa. Os papéis refletem o corte de preço-alvo do Barclays na véspera. 

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Já na ponta positiva, os papéis ordinários da Usiminas (USIM3) disparam 3,26% aos R$ 12,03, seguidos por Brookfield (BISA3; +2,82, R$ 3,28) e Brasil Foods (BRFS3; +2,53%, R$ 38,96)

EUA e Europa ainda preocupam
Apesar da recuperação do mercado, o foco dos investidores segue nos ainda não resolvidos problemas externos. A fala na véspera do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, decepcionou o mercado, após afirmar que a capacidade da autoridade monetária em compensar ventos contrários “não é infinita” e que a instituição não tem poder sucificiente para, sozinha, eliminar os impasses do aumento de impostos e cortes de gastos (ou dano potencial do abismo fiscal).

Na Europa, a preocupação segue com a demora em liberar nova tranche do pacote de ajuda à Grécia. Após 11 horas de reunião entre os ministros de finanças da zona do euro, com a participação da diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, e do presidente do BCE (Banco Central Europeu), Mario Draghi, mas sem chegar a um acordo, um novo encontro foi agendado para a próxima segunda-feira, 26.  

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Minuta do BoE
Já nesta quarta-feira, o destaque no Velho Continente fica com a ata da última reunião do BoE (Bank of England). Pelo documento, apenas um dos nove membros do comitê de política monetária discordou da decisão tomada no início deste mês, de manter o programa de compra de títulos inalterado, em £ 375 bilhões, votando por uma aumento de £ 25 bilhões.

Agenda cheia
Nos EUA, a agenda econômica está recheada de indicadores antes do feriado de Dia de Ação de Graças, que manterá as bolsas de Nova York fechadas na quinta-feira e com horário de negociação reduzido na sexta-feira. Entre os dados norte-americanos previstos para hoje, atenção para o relatório semanal de pedidos de auxílio-desemprego, o índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan e os indicadores antecedentes do Conference Board.

O único revelado até agora foi o Initial Claims, que veio melhor do que o esperado pelos analistas. Na passagem semanal, foram observados 410 mil novas solicitações de auxílio-desemprego no país, contra expectativa de 435 mil. 

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No mercado brasileiro, por outro lado, o dia é fraco. A agenda reserva apenas o relatório semanal de fluxo de câmbio e a nota de mercado aberto, ambos do Banco Central.

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