Ibovespa abre em queda, seguindo desempenho externo negativo

Números surpreendentes da agenda norte-americana não são capazes de inverter cautela nos mercados nesta manhã

Luis Madaleno

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SÃO PAULO – O Ibovespa abre o pregão desta quinta-feira (16) em queda de 0,38%, aos 67.849 pontos. O benchmark acompanha a cautela nos mercados externos nesta manhã, a despeito dos números divulgados nos EUA – os quais vieram, em sua maioria, melhores que o esperado.

No mercado futuro dos EUA, os índices S&P 500, Dow Jones e Nasdaq Composite exibe queda de 0,54%, 0,37% e 0,18%, nesta ordem. Já na Europa, o principal índice da Inglaterra, o FTSE 100, o alemão DAX 30 e o CAC 40, da bolsa de Paris, recuam 0,35%, 0,36% e 0,63%, respectivamente.

Dentre os papéis que são negociados nesta manhã, destaque para Cyrela Realty ON (CYRE3, R$ 24,30, -1,98%),  Gol PN N2 (GOLL4, R$ 25,32, -1,67%),  Telemar Norte Leste PNA (TMAR5, R$ 46,63, -1,46%),  PDG Realty ON (PDGR3, R$ 19,85, -1,44%) e Bradespar PN (BRAP4, R$ 37,30, -1,03%). 

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Análise gráfica
A equipe de análise gráfica da Itaú Corretora observa que o bechmark “permanece dentro de um canal de alta no médio prazo, com objetivo de curto prazo localizado na região entre 70.180 e 70.900 pontos.”

Os analistas avaliam ainda que “no curtíssimo prazo, o Ibovespa continua represando na barreira de 68.753 pontos, cujo estouro levará o mercado imediatamente para os objetivos de curto prazo.(…) os 74 mil pontos começam a aparecer no horizonte”.

Já em caso de correção, os analista acreditam que o índice “encontrará suportes em 67.330 (fortíssimo), 67.000 (forte), 66.500 e em 65.950 pontos”.

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Estados Unidos
Os primeiros números da agenda norte-americana surpreendem positivamente nesta manhã. O déficit em contacorrente do país atingiu US$ 123,3 bilhões no segundo trimestre deste ano, ficando menor do que as expectativas de mercado, que giravam em torno de US$ 125 bilhões.

Além disso, o número de pedidos de auxílio-desemprego também bateram as expectativas dos analistas, ao atingirem 450 mil na última semana, enquanto o PPI, que apura os preços ao produtor norte-americano, avançaram 0,4% em agosto, face a alta de 0,3% no mês anterior.

Completando o intenso fluxo de referências econômica norte-americanas desta quinta-feira, o Fed da Filadélfia publica às 11h00 de Brasília seu índice que mede a atividade industrial da região. Analistas apostam em uma leve expansão de 2 pontos para esse mês de setembro, após a forte queda de 7,7 pontos registrada em agosto.

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Europa
Cruzando o Atlântico, o Reino Unido chama atenção: as vendas inglesas no varejo registraram sua primeira queda mensal desde janeiro deste ano, ao apontar retração de 0,5% em agosto – em julho, foi indicado um crescimento de 0,8%. O número decepciona, uma vez que a expectativa dos analistas era de novo avanço nas vendas.

Outra referência de destaque no noticiário econômico europeu diz respeito ao perfil comercial do continente. A Zona do Euro registrou um superávit de € 6,7 bilhões em sua balança comercial em julho, segundo estimativa da Eurostat. Ainda de acordo com o órgão, as exportações e importações devem ter caído 0,6% e 1,5%, respectivamente, na comparação com junho.

Brasil
No front doméstico, o único indicador relevante esperado para o dia é o IPC-S (Índice de Preço ao Consumidor Semanal). Formulado pela Fundação Getulio Vargas, o indicador marcou inflação de 0,31% na semana terminada em 15 de setembro, taxa 0,14 ponto percentual maior que a apurada na medição anterior. Esta é a maior variação positiva desde a terceira semana de maio de 2010 (+0,47%).

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Da agenda ao cenário corporativo, atenções novamente à Petrobras (PETR3, PETR4). Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o governo deverá usar o Fundo Soberano para comprar dólares no mercado que entrem no país em decorrência da capitalização da petrolífera.

Além disso, cabe lembrar que termina nesta quinta-feira o prazo de reservas para pessoas não-vinculadas que desejem participar da oferta prioritária, em que é garantido o direito de subscrição, respeitando-se o limite proporcional.

Fechamento anterior
O principal índice da bolsa paulista fechou o pregão de quarta-feira em alta de 0,61%, atingindo 68.106 pontos e registrando uma baixa acumulada no ano de 0,70%. O volume financeiro foi de R$ 6,30 bilhões. 

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