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A Hypera (HYPE3) divulgou seus números referentes ao terceiro trimestre de 2022 (3T22) na noite desta quinta-feira (27), que vieram acima do consenso de mercado. As ações operavam com ganhos de cerca de 1% durante a manhã desta sexta (28) no Ibovespa, acumulando alta de mais de 75% em 2022, o segundo melhor desempenho do ano entre os ativos que compõem o benchmark da Bolsa.
De formal geral, analistas consultados avaliaram os resultados da farmacêutica como fortes, impulsionados pelo crescimento de vendas em todas as frentes de negócios e expansão do portfólio.
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“A receita líquida aumentou 25% na base anual, apoiada por um aumento de 17% no sell-out [venda feita diretamente aos consumidores] orgânico e contribuições adicionais das marcas da Sanofi e do mercado institucional”, comenta XP. “A margem Ebitda ficou estável na base anual, com uma pequena ajuda do programa de isenção fiscal “Lei do Bem”, e nós destacamos o índice de conversão de caixa operacional, em 93%.”
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O Bradesco BBI destaca que crescimento da receita continua forte, sendo beneficiado pela “(i) aquisição do portfólio da Sanofi; (ii) crescimento de 189% no segmento institucional, impulsionado pela imunoglobulina e (iii) forte crescimento orgânico de 17,3% no varejo (em linha com o sellout)”.
“O crescimento de sell-out durante o trimestre ficou em linha com o mercado após sete trimestres acima. Nos nove primeiros meses de 2022, o sell-out do HYPE está 4,1 pontos percentuais acima do mercado, devido à aceleração de novos lançamentos, expansão da capacidade produtiva e investimentos em marcas líderes.”
O Itaú BBA também diz que os resultados do 3T22 da Hypera foram impulsionados pelo forte sell-out orgânico, impulsionado por suas grandes marcas e o contínuo progresso da atividade da empresa no mercado não varejista. “Os resultados também nos levam a acreditar que a empresa está no caminho certo para cumprir seu guidance para 2022”, acrescenta BBA.
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Para Credit Suisse, o bom desempenho da receita é resultado da expansão do portfólio, lançamentos de novos produtos em momento oportuno e da sinergia a partir dos portfólios adquiridos (Buscopan e Takeda).
Endividamento
Segundo o Credit Suisse, as recentes aquisições (portfólio da Takeda, portfólio da Sanofi e Buscopan) levaram a um aumento do nível de endividamento.
Além disso, o aumento da taxa Selic resultou em despesas financeiras trimestrais de R$ 242 milhões (versus R$ 76 milhões no 3T21). Analistas do banco suíço acreditam que a geração de caixa consistente ajudará em uma rápida desalavancagem (para 1,9 vez a relação entre dívida líquida e o Ebitda esperado em 2024).
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Nesse sentido, a XP Investimentos comenta que o nível de endividamento pressiona os resultados, mas não enxerga como fonte de preocupação.
Hypera tem recomendação de compra reiterada
A XP Investimentos mantém recomendação de compra para Hypera e preço-alvo de R$ 56,50, o que representa potencial de valorização de 17,7% em relação a cotação de fechamento de quinta-feira (27) de R$ 48, apoiada por uma estimativa de taxa anual de crescimento composta (CAGR) de 15% para o lucro 2021-24.
Itaú BBA e Bradesco BBI também classificação outperform (equivalente à compra) para às ações da farmacêutica e mesmo preço-alvo, R$ 54.
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Para o Credit Suisse, a Hypera é uma geradora de fluxo de caixa em um mercado razoavelmente estável (varejo farmacêutico), portanto, enxerga a ação como uma opção defensiva no atual ambiente turbulento. Dessa forma, mantém recomendação equivalente à compra e preço-alvo de R$ 52.
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