HSBC eleva preço-alvo e projeção de lucro das ações da Marisa após resultado

Analistas do banco destacam forte absorção de despesas pela empresa no terceiro trimestre; target pula para R$ 34,00

Rafael de Souza

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SÃO PAULO – Muito satisfeitos com o resultado do terceiro trimestre da Marisa (AMAR3), os analistas Francisco Chevez e Manisha Chaudhry, do HSBC, elevaram o preço-alvo de 12 meses para as ações da varejista de R$ 31,00 para R$ 34,00, o que garante um potencial de valorização de 26% frente ao fechamento de quarta-feira (27). A recomendação foi mantida em overweight (ou seja, o retorno implícito esperado deve exceder o retorno exigido por no mínimo cinco pontos percentuais durante os 12 meses seguintes).

O aumento deve-se, principalmente, às novas estimativas de lucro por ação da empresa em 2010 e 2011, que subiram de R$ 1,18 e R$ 1,62, para R$ 1,32 e R$ 1,79, respectivamente, e também às perspectivas de menores despesas operacionais. Além disso, os analistas elevaram suas projeções para a receita líquida e Ebitda (geração operacional de caixa) para os dois anos.

Forte resultado trimestral
“Os resultados da Marisa no terceiro trimestre foram particularmente fortes, considerando que este trimestre é sazonalmente mais fraco para as varejistas brasileiras”, ressaltam os analistas que, com o desempenho acima da média, esperam por um quarto trimestre ainda melhor, já que engloba feriados importantes.

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Na avaliação da dupla, a forte absorção de despesas, “com queda de 1,3% nas despesas de vendas, gerais e administrativas como percentual da receita”, foi importante aliada da empresa e garantiu o lucro acima do esperado no período, “apesar do crescimento nas despesas pré-operacionais”.

Com isso, o HSBC estima que as vendas do segmento mesmas lojas apresentarão crescimento em torno de 11% no quarto trimestre deste ano, superando, assim, a estimativa anterior de 9%.

Riscos
Contra o cenário otimista traçado, a possibilidade de atraso no programa de abertura de lojas da empresa e o aumento da taxa de juro brasileira, podendo gerar menor lucratividade, são os riscos traçados pelos analistas do HSBC.

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