Guararapes (GUAR3), dona da Riachuelo, tem prejuízo de R$ 17,6 milhões no segundo trimestre

Recuo de vendas, atribuído a um inverno menos rigoroso neste ano, e desempenho da Midway pesaram sobre resultado

Vitor Azevedo

(Divulgação)
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Errata: O título antigo dizia que o prejuízo líquido era de R$ 17,6 bilhões

A Guararapes (GUAR3) registrou um prejuízo liquido de R$ 17,6 milhões no segundo trimestre de 2023, revertendo o lucro de R$ 26,3 milhões do mesmo período de 2022.

Em parte, o pior desempenho acompanha o recuo de 0,7% da receita líquida na base anual, que foi para R$ 2,1 bilhões.

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“A redução se dá principalmente em função da menor venda no segmento de mercadorias”, comenta a Guararapes no documento publicado na noite desta quarta-feira (9). “O desempenho foi negativamente impactado por uma forte base de comparação, sendo que no segundo trimestre de 2022 houve uma antecipação das vendas de inverno, enquanto o deste ano foi marcado por temperaturas mais altas que o ano anterior”.

O segmento de mercadorias movimentou R$ 1,55 bilhão entre abril e junho deste ano, ante R$ 1,59 bilhão do mesmo período de 2022.

O lucro bruto, que tira o preço das mercadorias vendidas da receita, ficou em R$ 1,3 bilhão, estável na base anual. As despesas operacionais, que engloba os gastos com vendas, gerais e administrativos, por sua vez, caíram 9,7% na comparação ano a ano, para R$ 752,9 milhões.

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“As despesas operacionais representaram 35,2% da receita líquida consolidada, uma diluição de 3,5 pontos percentuais. em relação ao segundo trimestre de 2022”, diz. “Esse resultado reflete principalmente a disciplina em gastos e captura de iniciativas focadas em otimização das despesas e ganhos de eficiência”, completa.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ficou em R$ 238,8 milhões, queda de 8,8% no ano – atribuído às menores vendas.

Na Midway, a receita líquida cresceu 3,2%, para R$ 553,3 milhões, principalmente com o crescimento de 3,9% da receita com as operações de cartão e com o aumento de 14,5% da receita de comissões.

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O prejuízo, no entanto, aumentou 40% na mesma base, para R$ 9,9 milhões, uma vez que as provisões para devedores duvidosos aumentaram 13,5% no ano, para R$ 355,8 milhões. “Refletiu as concessões realizadas em 2022, que apresentaram um pior desempenho quando comparado ao observado nas safras mais recente”, fala a Guararapes, que fechou junho com uma carteira de crédito de R$ 5,7 bilhões.

Por fim, o resultado da companhia foi impactado pelo desempenho financeiro negativo em R$ 115,9 milhões, leve alta de 2,7% no ano. A varejista de moda fechou junho com um endividamento líquido de R$ 1,7 bilhão, ante R$ 2,3 bilhões em igual mês de 2022.

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