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SÃO PAULO – Bill Gross, fundador da gestora Pimco – maior credora dos mercados emergentes do mundo -, reforçou que um dos maiores riscos para os mercados é o ritmo de crescimento econômico da China, assim como uma das maiores dúvidas para as nações em desenvolvimento.
Em entrevista à agência americana Bloomberg, Gross ressaltou que “a China é como a salsicha” dos países emergentes. “Ninguém sabe o que tem dentro, e tem um pouquinho de mortadela, então teremos que nos perguntar ao longo deste ano acerca dos potenciais problemas na China e nos outros mercados emergentes”, afirmou.
Conforme ressaltou o gestor, a incerteza em relação ao crescimento chinês este ano torna os mercados mais inquietos, gerando uma maior demanda por ativos mais seguros. O último coringa em termos de mercado emergente, afirma o gestor, é a China. E questiona de quanto seria o crescimento do gigante asiático: “seis por cento? Sete por cento? Cinco por cento?”.
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A economia chinesa cresceu 7,7% em 2013, igual crescimento em relação ao ano anterior. De acordo com estimativas do Bloomberg, a economia da China deve crescer 7,4% em 2014, o ritmo mais lento desde 1990.
Gross ressaltou que os mercados emergentes estão mais baratos. “O problema é que eles têm problemas”, afirmou, citando o caso do Brasil e da Turquia, que têm déficits de conta corrente cada vez maiores. “São países que, para estabilizar suas moedas, necessariamente precisam aumentar as taxas de juros e colocar suas economias em risco, em termos de desacelerar o crescimento”, avalia.
Além disso, o gestor afirmou que a economia global terá um crescimento bastante lento por muito tempo. E que, com certeza, foram vistos alguns números ruins nos EUA que levarão a alguns questionamentos se a taxa de crescimento de 3% do país é real ou não.
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