Graça contesta versão de ex-gerente e Morgan corta preço-alvo da Vale em 45%; veja mais

Além deste noticiário, disputa na Usiminas, fundo desistindo de ação contra Itaú e recompra de ações mexe com noticiário desta terça

Lara Rizério

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SÃO PAULO – As últimas semanas do ano têm sido bastante movimentadas pelo mercado com destaque, como não poderia deixar de ser, para a Petrobras (PETR3;PETR4). Além das especulações sobre os nomes em caso de eventual saída de Graça Foster, outras notícias estão no radar da empresa. 

Em comunicado em resposta à notícia de que a presidente da estatal foi avisada pela funcionária Venina Velosa da Fonseca, ex-gerente na diretoria de abastecimento, sobre desvios na Petrobras em 2009, a companhia respondeu que Graça não foi informada sobre as referidas irregularidades antes do dia 20 de novembro de 2014.

“Os temas supracitados foram apenas levados ao conhecimento da presidente através de email recente, de 20/11/2014, quando a empregada já havia sido destituída de sua função gerencial”, afirmou o ofício enviado à CVM.  “Nesta data, as irregularidades na Comunicação do Abastecimento e na RNEST já haviam sido objeto de averiguação em Comissões Internas de Apuração, bem como as irregularidades da área de comercialização de combustível de navio (bunker) em grupos de trabalho”.

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Segundo a nota, Graça respondeu à empregada Venina Velosa Fonseca, no dia 21/11/2014, informando que estava encaminhando o assunto ao Diretor José Carlos Cosenza e ao Jurídico da Petrobras para averiguação e adoção das medidas cabíveis”.

Fora do noticiário político da estatal, destaque para a notícia do Valor de que a YPF quer a Petrobras em projeto na Argentina. “Eu ficaria encantado em fazer mais coisas com a Petrobras”, teria dito o diretor Miguel Galuccio, que tem dado prioridade ao projeto de Vaca Muerta, depósito de xisto localizado no sudoeste do país. 

Vale
O Morgan Stanley reduziu o preço-alvo para os ADRs (American Depositary Receipts) da Vale (VALE3;VALE5) em 45%, passando de US$ 14,70 para US$ 8,10. As estimativas para o preço do minério de ferro para os próximos anos foi reduzida: foi para US$ 79 a tonelada em 2015 e a projeção de preço para período entre 2016-2019 é agora de US$ 75 a tonelada.

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Ontem, o Credit Suisse também havia reduzido o preço-alvo dos papéis da Vale.

Também no noticiário de recomendações, a Brasil Brokers (BBRK3) teve a sua recomendação elevada de neutra para compra pelo BTG Pactual. 

BicBanco
O BicBanco (BICB4) informou em comunicado ao mercado que os seus antigos donos e o China Construction Bank não chegaram a um acordo e seguem negociando o preço a ser pago pelo controle do banco.O CCB havia informado que o preço pago estaria sujeito a uma redução de R$ 287,8 milhões, ou R$ 1,58 por ação ordinária ou preferencial. No mês seguinte, os vendedores contestaram a decisão e iniciaram uma negociação com os chineses.

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Contax e e Iochope-Maxion
Destaque ainda para os comunicados de participação acionária das companhias. Enquanto o Previ comprou ações da Contax (CTAX3), possuindo agora 5,64288% do capital, o JPMorgan reduziu participação de 6,20% para 4,94% do capital na Iochpe-Maxion (MYPK3).

Itaú
O fundo americano Cartica – detentor de 3,2% das ações da CorpBanca – desistiu de uma futura ação legal contra a fusão entre Itaú Unibanco (ITUB4) e o CorpBanca, após a rejeição repetida de suas demandas, tanto no Chile quanto nos Estados Unidos por parte da justiça. As informações são da agência Reuters.

Assim, a fusão continua sem impedimentos, com a sua conclusão sendo esperada para meados do próximo ano.

Ferbasa
A Ferbasa (FESA4) amplia programa de recompra em 2,65 milhões de ações, até o limite de 4,35 milhões de papéis. Assim,  o novo limite do programa de recompra corresponde a 10% das 43,46 milhões de papéis preferenciais de emissão da companhia.

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Invepar
Segundo o Valor, a OAS estuda vender fatia na Invepar (IVPR3). Especialistas dizem que há grande interesse na Invepar, cujos outros sócios são os fundos de pensão Previ, Petros e Funcef, diz o jornal.

Usiminas
Segundo comunicado da Ternium, o presidente do Conselho da Usiminas (USIM5), Paulo Penido, teria incorrido em uma série de ilegalidades em reunião. Ele teria  desconsiderado os votos de 5 dos 9 conselheiros.

A reunião foi convocada pela Ternium para discutir a legalidade dos pagamentos realizados pela Nippon Steel & Sumitomo Metal Corporation a Paulo Penido.

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Os termos do contrato dizem respeito a uma suposta prestação de serviços de consultoria no valor de US$ 2,4 milhões anuais, com pagamento domiciliado em um paraíso fiscal, segundo a Ternium.

Segundo a Ternium, na reunião de ontem, Penido decidiu desconsiderar os votos dos conselheiros indicados pela Ternium e pela Caixa dos Empregados da Usiminas pela devolução dos valores recebidos da Nippon Steel.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.