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SÃO PAULO – Queda nos juros, menos recolhimento compulsório sobre os bancos, corte nas tarifas de energia, transferência de concessões ao setor privado. O Governo tem sido pragmático em suas recentes intervenções na economia, mas há muitos pontos que ainda preocupam, disseram divesos economistas nesta sexta-feira (21), durante o Conef (Congersso Nacional dos Executivos de Finanças).
Paulo Leme, chairman do Goldman Sachs Brasil, destaca um “potencial espetacular” para a economia, mas alerta que o Governo tem que ser mais ambicioso. Ele ainda acredita que novas medidas pontuais de estímulo podem ser anunciadas em breve, mas é difícil estimar quais seriam.
Com uma política monetária acertada, Leme diz que as medidas atendem a problemas de curto prazo e não atacam as questões da produtividade brasileira e da excessiva carga tributária.
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Para Gustavo Loyola, sócio-fundador da Tendências Consultoria e ex-presidente do Banco Central, o Goveno está na direção certa, mas ainda há questões que preocupam.
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Câmbio, crédito e intervenções
Entre elas, a política cambial é vista com cautela, uma vez que, segundo Loyola, o País caminha em direção a um retorno do câmbio fixo, considerado por ele como um “retrocesso”. A inflação alta e o mercado de trabalho apertado também não agradam ao ex-presidente do Banco Central.
Loyola ainda critica a pouca confiança do Governo no mercado e o excesso de intervencionismo. Para ele, há uma visão de que a economia só funciona bem se houver estímulos governamentais, o que avalia como prejudicial no médio ao longo prazo.
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O incentivo ao crédito, via redução de juros e queda do compulsório, também é visto com cautela pelo chairman do Goldman Sachs Brasil. “O crédito me preocupa muito. No curto prazo é positivo, mas os EUA e a Europa dão lições importantes: é mais doloroso desalavancar”, alerta. “Tem muito dever de casa ainda”, conclui.
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