Governo admite que pode usar mais térmicas no futuro, diz Hubner

Segundo diretor da Aneel, hipótese dos leilões dessas térmicas está em análise e seria uma alternativa à construção de uma linha de transmissão para abastecer determinadas localidades

Reuters

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BRASÍLIA – O governo federal já admite a tendência de um acionamento maior das usinas térmicas no futuro, disse a jornalistas nesta terça-feira o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, afirmando ainda que o governo analisa realizar leilões de usinas térmicas regionais.

Segundo Hubner, a hipótese dos leilões dessas térmicas está em análise e seria uma alternativa à construção de uma linha de transmissão para abastecer determinadas localidades.

“O planejamento (do setor), quando vê isso, analisa o menor custo para o consumidor…pode ter um adicional no preço da geração, mas compensa porque não terei a necessidade de fazer uma transmissão. Em vez de fazer uma linha, você faz uma térmica localizada”, disse Hubner a jornalistas.

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Segundo o diretor, o aumento da presença de usinas hidrelétricas praticamente sem reservatórios (as chamadas fio d’água) e de centrais eólicas deve fazer com que no futuro o país precise acionar mais o parque termelétrico para dar garantia firme ao abastecimento.

“O normal daqui para a frente, cada vez mais, a tendência é que se tenha acionamento maior de térmicas”, disse.

Por questões ambientais, que limitam a área alagada das barragens, as maiores usinas hidrelétricas em construção, como Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira (RO) e Belo Monte, no Xingu (PA) possuem pouca capacidade de armazenar água, o que reduz a capacidade de administrar a reserva de água para gerar em períodos mais secos.

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“São fontes boas, renováveis, que não poluem, mas que não têm reservatórios. E a eólica você não sabe a que horas o vento sopra. Isso requer uma complementação maior”, disse Hubner.

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