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A Gol (GOLL4) anunciou, nesta quarta (27), acordo para refinanciamento de R$ 1 bilhão em debêntures.
Com amortização realizada em setembro, de R$ 100 milhões, a empresa agora realizará pagamentos de 30 parcelas mensais para os R$ 900 milhões restantes. Os pagamentos serão realizados com custo de CDI + 5%, entre janeiro de 2024 e junho de 2026.
As ações dispararam após o anúncio. O papel da companhia encerrou o dia com valorização de 7,19%, cotada a R$ 6,56, liderando as altas da sessão, em um dia em que o Ibovespa subiu apenas 0,12%.
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Contudo, cabe destacar que a Gol vem de perdas expressivas, com queda de 6,25% no mês e 27,89% nos últimos 12 meses. Só entre 15 de agosto (data do anúncio do bônus de subscrição) e ontem (27), os papéis da companhia aérea haviam recuado quase 40%.
Notícia positiva, na visão dos bancos
A negociação anunciada hoje foi bem recebida pelo mercado. O Bradesco BBI considerou a notícia como positiva para a aérea, uma vez que o acordo reduziria o risco de liquidez. O banco ressalva, contudo, que ainda é necessário que a companhia chegue a um acordo com os arrendadores de aeronaves.
Essa foi a mesma visão do Citi, que considerou que a companhia ganhou “algum espaço para respirar” com a negociação. Na análise, o acordo é visto como marginalmente positivo para as ações da companhia. Ainda assim, o banco considera que ainda há preocupações pela estrutura de capital de longo prazo da companhia aérea, após a operação de emissão de bônus de subscrição.
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A classificação do Citi ainda é como neutro/alto risco para o ADR (recibo de ações negociado na Nyse) da Gol, com preço-alvo estabelecido em US$ 3,30, potencial de valorização de 24% em relação ao fechamento desta quarta, de US$ 2,66.
O banco aponta que o preço em que a ação da empresa negocia é cerca de 35% abaixo da média de preço histórico das ações, ajustadas no longo prazo.
Contudo, conforme explica o Citi, há incertezas atreladas à Gol, em especial em relação aos acionistas minoritários após a operação de direito de subscrição.
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Outros pontos considerados preocupantes e que embasam a classificação de “alto risco” para a companhia aérea são movimentos de preços de combustíveis, condições econômicas negativas, competição intensa e eventuais mudanças regulatórias que impactem o nome.
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