Gestor acredita em novas medidas do Fed mesmo sem sinalização de Bernanke

Medidas virão independente do divulgado na reunião em Jackson Hole, afirma Bill Gross, co-fundador da Pimco

Carolina Gasparini

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SÃO PAULO – Em entrevista à rede de televisão norte-americana Bloomberg, o co-fundador da Pimco, gestora de recursos responsável por US$ 1,8 trilhão de ativos sob gestão, disse que espera novas medidas de estímulo do Federal Reserve independente do que ocorrer no tão aguardado Jackson Hole nesta sexta-feira (31).

Para Bill Gross, a nova fase do “Quantitative Easing” deve vir em breve, já que a alta taxa de desemprego e a inflação acima de 2% estão fora do ideal para o Fed. “O desemprego está acima de 8% e é óbvio que nem o Fed, nem a economia ou a nação estão confortáveis com essa taxa aumentando”, disse Gross.

Segundo Gross, mesmo que o Fed faça mais estímulos para o crescimento da economia, as medidas produzirão resultados limitados. “É notório que a cada nova medida os efeitos são cada vez mais limitados e Ben Bernanke já sabe dessa limitação quanto a mercados de ações”.

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O gestor espera que o rendimento sobre os títulos de dívida do tesouro norte-americano para 10 anos acabe o ano perto de sua atual taxa de 1,65%. “Não vejo o rendimento mudando até que o Fed sugira poder aumentar as taxas de juros ou que ele pare de comprar esses títulos”, finaliza Gross.

Estímulos anteriores
A flexibilização quantitativa ficou assim conhecida entre 2008 e 2011, quando o Banco Central comprou US$ 2,3 trilhões em títulos de dívida. Essa operação manteve a taxa básica de juros em 0,25% desde dezembro de 2008 e deveria controlar a economia até 2014.

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