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SÃO PAULO – A Gazprom demonstra que a disputa com a Ucrânia no início do ano deixou marcas, a despeito de acordos já negociados. Buscando alternativas ao transporte de gás através do território ucraniano, a estatal russa planeja investir em gasodutos na Belarus.
Primeiros contatos entre executivos da Gazprom e governantes bielo-russos renderam boa impressão. Parece não haver empecilhos políticos, já que o país anda em linha com as diretrizes de Moscou.
Quanto ao campo econômico, sem grandes problemas. A Belarus é o único dos ex-soviéticos que não teve de lidar com preços reajustados para o gás natural – condição que tirara os ucranianos do sério.
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Por alternativas seguras
Atualmente, cerca de 80% do GN direcionado à Europa passa pela Ucrânia; o restante fica aos cuidados dos bielo-russos. A idéia da Gazprom é realocar essas fatias de modo a evitar novos conflitos com os ucranianos e desenvolver caminhos alternativos mais seguros.
Segurança também é o foco no projeto de armazéns subterrâneos para o GN. Construídos na Belarus, os estoques de cerca de 1 milhão de metros cúbicos seriam usados em caso de interrupção no suprimento.
Dependência arriscada
As medidas planejadas pelos russos vêm em resposta ao clima de incertezas que rondou a Europa com a crise energética no início do ano. Analistas avaliaram a insatisfação de potências como Alemanha, Inglaterra e França e ressaltaram os riscos associados à dependência da oferta russa.
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Sobram críticas à Gazprom: lacunas de infra-estrutura e gestão financeira com forte ingerência política. No mais, dívidas consideráveis podem impedir que a companhia invista o suficiente para alimentar a crescente demanda européia e asiática.
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