Gafisa dispara 11% com possível entrada de Tanure; Ambev sobe 3% com venda de cervejas e mais destaques

Confira os principais destaques corporativos desta segunda-feira (18) 

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – Após um dia de grandes recordes, com o Ibovespa superando a máxima histórica dos 100 mil pontos, o índice fechou com alta de 0,86%.

Entre as maiores altas ficaram os frigoríferos, BRF (BRFS3), +4,82%, JBS (JBSS3), +4,71%, e Marfrig (MRFG3), +4%, que seguiram o movimento de ganhos da última sexta, com a notícia de que a crise da peste suína africana na China tem afetado a oferta de carne de porco no país.

Ainda no top 3 estão os papéis de Gol (GOLL4), +4,57%,  que dispararam com as apresentações a investidores em Nova York para captar US$ 300 milhões com títulos de dívida conversíveis em ações. A Ambev (ABEV3), +3,28%, também viu suas ações subirem forte em meio à notícia de que houve a maior venda de cerveja em quatro anos, de acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja.

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Outra empresa que apresentou forte alta foi Gafisa (GFSA3), +11,44%, com a possibilidade de Nelson Tanure fazer parte do conselho da companhia. Demais destaques do pregão de hoje incluem Cosan (CSAN3), +1,63%,  que subiu com recomendação de compra da XP Investimentos, B3 (B3SA3), +1,45%, e Petrobras (PETR3, +2,02%; PETR4, +1,73%), que avançou com petróleo.

Confira esses e mais destaques corporativos de hoje:

Vale (VALE3)

A Vale informou que tomou conhecimento e cumpriu de imediato decisão judicial que determina suspensão das operações da barragem Doutor e demais estruturas de sua mina de Timbopeba, em Ouro Preto (MG), segundo fato relevante da companhia nesta sexta-feira.

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“A suspensão afeta as operações da mina de Timbopeba e representa um impacto de 12,8 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. A Vale informa que atendeu imediatamente a determinação e adotará as medidas cabíveis”, disse a empresa.

A decisão foi motivada por ação civil pública do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, que alegou à Justiça ter recebido informações sobre possíveis riscos no empreendimento.

Também no radar da companhia, a Vale informou que teve conhecimento da decisão liminar, proferida pela 2ª Vara Cível de Nova Lima em ação de Tutela Cautelar em Caráter Antecedente com Pedido Liminar, determinando o bloqueio de recursos no valor de R$ 1 bilhão.

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De acordo com a mineradora, a decisão visa garantir eventual ressarcimento de prejuízos decorrentes da evacuação ocorrida na comunidade de São Sebastião das Águas Claras – Macacos.

Além do bloqueio de recursos, a decisão também determinou que a Vale arque com os custos de acolhimento, abrigamento, manutenção e alimentação da população evacuada, além da adoção de outras medidas visando garantir assistência à coletividade afetada.

QGEP Participações (QGEP3)

A partir de hoje, a QGEP Participações tem um novo nome: Enauta. De acordo com a proposta, a companhia será denominada Enauta Participações S.A. A controlada Queiroz Galvão Exploração e Produção S.A. também irá deliberar em sua próxima Assembleia Geral Extraordinária em 17 de abril de 2019 a alteração de sua denominação para Enauta Energia S.A. A estrutura acionária da empresa permanece inalterada.

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Ainda segundo com a companhia, as ações da Enauta continuarão a ser negociadas pelo código QGEP3 até que a alteração da denominação social seja aprovada.

Gafisa (GFSA3)

Entre os nomes anunciados pela Gafisa na última sexta-feira (15) para compor o futuro conselho de administração da empresa está o empresário Nelson Tanure, especialista em investir em empresas quebradas e assumir litígios. O conselho será eleito em assembleia geral extraordinária, realizado em 15 de abril.

De acordo com o jornal Valor Econômico, Tanure, que já conversou com Mu Hak You, da gestora GWI – que era a maior acionista da Gafisa – sobre a possibilidade de aquisição de sua fatia na incorporadora, está negociando a entrada no capital da Gafisa por meio de aporte em aumento de capital.

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Tupy (TUPY3)

A Tupy criou a posição de vice-presidente comercial e contratou Ricardo Fioramonte para assumir o cargo. Fioramonte tem passagens por Royal Dutch Shell, Gerdau e Voestalpine.

A empresa também trouxe o ex-diretor da Caterpillar Adrian Garcia Morales como diretor regional para o México e criou a diretoria de usinagem corporativa no Brasil, que será comandada por Cassio Luiz Francisco de Andrade.

“A ampla reestruturação organizacional faz parte da agenda estratégica da companhia, baseada em quatro pilares: crescimento estratégico, excelência operacional, retorno aos acionistas e sustentabilidade”, disse a Tupy, em comunicado.

B3 (B3SA3)

Em fato relevante, a bolsa brasileira anunciou a compra do Portal de Documentos, especializado em formalização de cobrança e registro eletrônico de crédito para veículos e imóveis.

Segundo a B3, o valor poderá chegar a R$ 175 milhões, sendo R$ 50 milhões à vista e o saldo restante em um período de até 4 anos a partir do fechamento da transação, a depender do atendimento de condições contratuais e do atingimento de metas financeiras e operacionais.

Cielo (CIEL3)

A Cielo anunciou que Gustavo Henrique Santos de Sousa é o novo vice-presidente executivo de finanças e diretor de relações com investidores da companhia, substituindo Clovis Poggetti Junior, que renunciou em julho do ano passado por motivos pessoais.

Formado em administração de empresas pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Sousa já passou pela diretoria de empresas como Klabin, CPFL Renováveis e Banco do Brasil.

Carrefour (CRFB3)

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) firmou um termo de compromisso com o Carrefour e o município de Osasco em função dos maus-tratos cometidos por um segurança contra um cachorro dentro de um supermercado da rede, que resultou na morte do animal.

Pelo acordo, o Carrefour assume a obrigação de depositar a quantia de R$ 1 milhão em um fundo a ser criado pelo município. Desse montante, R$ 500 mil serão destinados à esterilização de cães e gatos e R$ 350 mil, à compra de medicamentos para animais do Hospital Municipal Veterinário ou que estejam no canil municipal.

Os R$ 150 mil restantes serão destinados à aquisição e entrega de rações para associações, organizações não governamentais e demais entidades destinadas ao cuidado de animais na cidade de Osasco.

Caso o Carrefour descumpra o estabelecido, deverá pagar multa de R$ 1 mil por dia de atraso no cumprimento dos termos do acordo. O município, se não atender ao determinado, será alvo de investigação por ato de improbidade administrativa.

Também no radar da companhia, a XP Investimentos iniciou a cobertura dos papéis de Carrefour com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 21, o que totaliza um potencial de alta de 4% em relação ao fechamento do último pregão.

Pão de Açúcar (PCAR4)

A XP Investimentos iniciou a cobertura dos papéis de Pão de Açúcar com a recomendação de compra e preço-alvo de R$ 131, o que totaliza um upside de 41%. Na opinião da equipe de research, o setor deve se beneficiar de uma retomada econômica, com impacto positivo da recuperação da inflação de alimentos.

Os analistas afirmam que tanto o Grupo Pão de Açúcar quanto Carrefour estão bem posicionados para capturar o crescimento da indústria de alimentos, com forte presença nos segmentos de varejo e atacarejo, mas que a preferida é PCAR.

“Acreditamos que as melhorias operacionais não estão totalmente precificadas e vemos potencial adicional com desinvestimentos da Via Varejo e da Cnova”, escreve a analista Betina Roxo.

Hermes Pardini (PARD3)

A companhia de medicina diagnóstica apurou um lucro líquido atribuível aos acionistas de R$ 26,5 milhões no 4º trimestre de 2018, uma queda de 10,1% na comparação anual. A receita líquida consolidada ficou em R$ 295,5 milhões (+8,4%), enquanto o Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, excluindo efeitos não recorrentes e não operacionais) somou R$ R$ 52,5 milhões (+14,8%), com margem de 17,8%.

Gol (GOLL4)

De acordo com o jornal o Valor Econômico, a Gol inicia hoje, em Nova York, apresentações a investidores para captar US$ 300 milhões com títulos de dívida conversíveis em ações. A companhia aérea também está pronta para explicar seu plano de renovação e expansão de frotas das aeronaves Boeing 737 Max 8.

A reportagem explica que a Gol espera que a Boeing consiga resolver a crise em torno deste modelo até o fim de abril, para que as entregas se normalizem.

Combustíveis

A equipe de research da XP Investimentos iniciou a cobertura de Cosan (CSAN3) e BR Distribuidora (BRDT3). Enquanto a primeira tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 60 (upside de 35,5%), a segunda tem recomendação ‘neutra’, com preço-alvo estimado em R$ 28 (upside de 11,1%).

“Temos uma perspectiva positiva para o setor em 2019 em função da recuperação macroeconômica brasileira (ainda que tímida), que deve impactar positivamente as vendas de combustíveis e levar gradualmente a margens mais altas”, escreve o analista Gabriel Francisco.

Além disso, após forte alta de 50% das ações de Ultrapar (UGPA3) desde o início da cobertura pela XP, os analistas optaram por rebaixar os papéis de ‘compra’ para ‘neutro’, com preço-alvo de R$ 57, um potencial de alta de 3,6%.

Locadoras de veículos

Em relatório sobre as locadoras de veículos divulgados pela XP Investimentos nesta segunda-feira (18), a analista Bruna Pezzin atualiza suas estimativas para Localiza (RENT3) e Unidas (ex-Locamerica) (LCAM3), de forma a incorporar os resultados do 4º trimestre de 2018 e os recursos advindos das recentes ofertas de ações.

A opção da analista foi por manter a recomendação de compra para os papéis, atualizando o preço-alvo de Localiza para R$ 39 (antes R$ 32,30) e o preço-alvo da Unidas para R$ 44,60 (de R$ 38).

“No geral, esperamos que ambas as empresas mantenham um ritmo forte de crescimento ao longo de 2019, e esperamos que o setor como um todo continue a se beneficiar de fundamentos macroeconômicos mais sólidos”, escreve.

Com Bloomberg e Agência Brasil

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