Futuros dos EUA operam em forte queda de olho em nervosismo na Grécia

SÃO PAULO – Os principais contratos futuros sobre índices de ações dos EUA operam em forte queda nesta terça-feira (1), com S&P 500 e Nasdaq sinalizando abertura com -2,27% e -1,91%, respectivamente.

Após um mês de ganhos para as bolsas norte-americanas e aparente queda no nervosismo, novembro tem início com uma nova rodada de tensão no mercado internacional.

Mais uma vez, a causa principal de preocupação é a Grécia. No início da manhã, o primeiro ministro George Papandreau anunciou um plebiscito, provavelmente em janeiro, para ratificar o plano de resgate ao país, que inclui cortes no orçamento e na previdência pouco populares junto a sindicatos, estudantes e classes trabalhadoras.

Com isso, toda a evolução demonstrada por Atenas até a última semana, com elogios rasgados pela Troika, fica em xeque até o início de 2012, nas mãos de influências que fogem ao controle do governo e, consequentemente, injetam alta dose de incerteza no mercado.

Além disto, Wall Street ainda conta com suas próprias influências para o dia, embora o peso da pauta europeia deva seguir como principal referência.

Indicador do dia
Ao meio dia, de Brasília, haverá a divulgação do ISM Index, que avalia o número de pedidos, produção, emprego e números de entregas e estoques nas indústrias norte-americanas e é bastante acompanhado por analistas.

Segundo estimativas do portal Briefing.com, o consenso de analistas aponta para 52,1 pontos em outubro frente os 51,6 pontos de setembro.

Pfizer
No campo corporativo, apesar do grande número de resultados trimestrais com divulgação marcada para esta terça-feira, predominam empresas de influência reduzida sobre as bolsas, com exceção apenas para Pfizer.

Até o momento, as ações do laboratório recuam 0,42% no pré-market após a empresa revelar lucro líquido de US$ 3,74 bilhões no terceiro trimestre, ligeiramente abaixo das expectativas.